Os cidadãos americanos que figuram como ’sponsors’ em processos de regularização de imigrantes terão que enfrentar mais obstáculos para garantir suporte aos seus patrocinados.
Uma medida anunciada nesta quinta-feira (1º), pelo Department of Homeland and Security (DHS), ampliou a lista de requisitos que devem ser cumpridos no processo de patrocínio.
De acordo com a nova regra, além do imposto de renda que já é exigido, os sponsors terão que apresentar histórico e pontuação de crédito, e extratos bancários.
Os patrocinadores também não podem, eles próprios, terem recebido benefícios do governo pelos últimos 36 meses, nem violado obrigações anteriores de patrocínio de outro imigrante. Caso isso ocorra, o processo deverá contar com um co-patrocinador.
O advogado de imigração, Silverio Coy, que atua em Miami, disse ao canal de TV Univision que a nova medida tornará o processo muito mais difícil.
“Por causa da pandemia, os próprios americanos estão em dificuldades econômicas precisando de ajuda do governo. Isso afetará, sem dúvida, muitos processos”, declarou.
Em setembro de 2019, o U.S Citizenship and Immigration Services (USCIS) já havia publicado um regulamento sobre o patrocínio de imigrantes e as responsabilidades que os patrocinadores adquirem. Principalmente se o imigrante utilizar algum serviço público.
Naquela época, o USCIS advertiu que se um estrangeiro patrocinado recebesse certos benefícios públicos o reembolso seria solicitado ao seu patrocinador.
“A reforma dos trâmites de patrocínio protegerá de forma eficaz o contribuinte estadunidense e assegurará que os estrangeiros que solicitam benefícios permanentes não sejam uma carga pública” declarou o subdiretor de políticas do USCIS, Joseph Edlow.
A nova medida foi anunciada um dia depois que a administração Trump sofreu um revés de um tribunal da Califórnia, que suspendeu o aumento em quase todas as tarifas de imigração previsto para entrar em vigor nesta sexta-feira (2).