Quase 50 sobreviventes dos ataques do grupo palestino Hamas a um festival de música em Israel, ocorrido em 7 de outubro, entraram com um pedido de indenização no valor de 200 milhões de shekel (cerca de 50 milhões de euros) contra o Ministério da Defesa e o Exército israelita. A ação judicial, apresentada em um tribunal de Tel Aviv, alega negligência das forças de segurança israelitas, que, segundo informações, tinham conhecimento de possíveis ameaças ao evento.
O grupo argumenta que uma simples chamada telefônica das Forças de Defesa de Israel (FDI) ao produtor responsável pela festa poderia ter evitado a tragédia. O The Times of Israel destaca a declaração do grupo, afirmando que “considerando o perigo esperado, teriam sido salvas vidas e evitadas lesões físicas e mentais a centenas de participantes na festa”. O ataque do Hamas resultou na morte de 364 participantes da festa rave, incluindo três brasileiros: Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, Ranani Nidejelski Glazer, 23, e Bruna Valeanu, de 24 anos.
O conflito entre Israel e o Hamas teve início após o ataque sem precedentes do movimento palestino em território israelense em 7 de outubro. O último relatório oficial indica que 1.140 pessoas foram mortas, a maioria civis, incluindo cerca de 400 militares. Em retaliação, Israel bombardeou repetidamente a Faixa de Gaza, resultando em mais de 22 mil mortes, principalmente mulheres, crianças e adolescentes, e mais de 54 mil feridos. A infraestrutura foi gravemente danificada, forçando quase dois milhões de pessoas a abandonarem suas casas.