O Exército Sírio garantiu que as forças de defesa antiaérea derrubaram “a maioria” dos 110 mísseis lançados pelos Estados Unidos, França e Reino Unido na sexta-feira (13) contra posições em Damasco e na província de Homs. Além disso, três civis ficaram feridos. As informações são da agência de notícias espanhola EFE.
O porta-voz do Comando Geral do Exército sírio, Ali Maihub, afirmou durante discurso a ofensiva conjunta foi feita às 3h55 (hora local) contra “alvos sírios em Damasco e fora de Damasco”.
No entanto, afirmou que outros alvos não puderam ser interceptados e atingiram um centro de pesquisa, onde se encontra um laboratório científico e um centro educativo, e que houve apenas danos materiais.
Porém, “alguns mísseis, que estavam indo para uma posição militar perto de Homs foram desviados de sua trajetória e a explosão de um deles feriu três civis”, disse o porta-voz militar.
Ele também reiterou que a liderança militar “continuará defendendo a Síria e protegendo seus cidadãos, e que estas agressões não impedirão que as Forças Armadas sírias continuem esmagando os grupos terroristas armados”.
Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores sírio, citada pela agência oficial de notícias Sana, condenou “nos termos mais fortes” a “agressão bárbara e brutal” dos EUA, França e Reino Unido contra a Síria.
Além disso, indicou que este ataque foi realizado para “impedir” o trabalho da missão de Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que começava hoje no suposto local do ataque químico, ocorrido há uma semana, na cidade de Duma, deixando, segundo duas organizações não governamentais (ONGs) apoiadas por Washington, 42 mortos e centenas de feridos.
Washington e seus aliados perpetraram três ataques contra a Síria: o primeiro contra um centro de pesquisa científica localizado perto de Damasco; no segundo ficou destruído um deposito de armas químicas ao oeste de Homs e, no terceiro, outro armazém com armas químicas e um importante centro de comando perto do segundo alvo, ao oeste de Homs.
O bombardeio foi a maior intervenção de países ocidentais contra Assad e sua aliada Rússia, mas os três países disseram que os ataques se limitaram à capacidade síria de armas químicas e não visaram a derrubar Assad ou intervir na guerra civil.O ataque aéreo, denunciado por Damasco e seus aliados como ato ilegal de agressão, não deve alterar o curso de uma guerra que já matou pelo menos meio milhão de pessoas.