O segundo maior sindicato de professores dos EUA e seu afiliado na Flórida decidiram processar o governador Ron DeSantis por causa do decreto exigindo que as escolas sejam reabertas em agosto, apesar do aumento de casos de novo coronavírus no estado.
A Federação Americana de Professores e a Flórida Education Association (FEA) alegam que a ordem executiva demandando a retomada de aulas presenciais viola o mandato da constituição estadual sobre educação pública segura.
Instaurada em um tribunal de Miami, a ação pede a um juiz que impeça DeSantis de cumprir o decreto estadual e permita que os superintendentes das escolas locais e os departamentos de saúde tenham controle total sobre as decisões de reabertura.
A Flórida tem registrado uma média diária de 11 mil novos casos de Covid-19 por dia, a taxa mais alta do país.
A decisão do governador DeSantis de reabrir as escolas, aconteceu na mesma semana em que o presidente Donald Trump foi a público dizer que os estados deveriam retomar as aulas no outono.
O presidente da FEA, Fedrick Ingram, disse em comunicado nesta segunda-feira que o processo dos sindicatos era sua tentativa de fornecer uma “noção de realidade” a DeSantis. Os demandantes no processo incluem professores e pais de alunos. “O governador precisa aceitar a realidade da situação aqui na Flórida, onde o vírus está saindo de controle”, disse Ingram: “Ele precisa aceitar a ciência em evolução. Todo mundo quer que as escolas reabram, mas não queremos começar o ensino presencialmente, enfrentar uma explosão de casos e ser forçados a voltar ao ensino à distância. A Constituição da Flórida exige que as escolas públicas sejam seguras. Professores e pais querem que nossas escolas cumpram esse padrão básico”.
Com informações do jornal The New York Times