DA REDAÇÃO (com G1) – Boa notícia: o Brasil parece ter encontrado uma mola no fundo do poço. Ao menos é o que indica um reporte divulgado pelo órgão de monitoramento econômico Serasa na semana passada.
De acordo com o órgão, o país voltou a crescer após um longo jejum. A alta, de 0,2% ante o mês anterior, é o melhor resultado mensal desde outubro de 2014. Na comparação com abril de 2015, no entanto, a atividade econômica teve contração de 3,3%.
O dado é mais positivo que o calculado pelo Banco Central. Antes da divulgação da Serasa, o indicador do BC apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) ficou praticamente estável de março para abril, com uma alta marginal de 0,03% – interrompendo, ainda assim, uma sequência de 15 meses de retração do indicador. As informações são do portal G1.
Em nota, a Serasa afirma que, segundo os economistas, o avanço em abril é um sinal de que, “possivelmente, a recessão econômica, que já perdura por dois anos no país, esteja demonstrando seus primeiros sinais de esgotamento”.
O indicador da Serasa mostra que, pelo lado da oferta, houve alta em todos os setores: a agropecuária teve expansão de 2,2%; a indústria, de 1,9%; e os serviços, de 0,5%.
Já do ponto de vista da demanda, os investimentos cresceram 0,4%, e as exportações, 0,7%. O consumo das famílias parou de cair e ficou praticamente estagnado em abril (alta de 0,1%), enquanto o consumo do governo recuou 0,8%.
Desemprego, porém, ainda ocorre
Já quando os dados se referem ao fechamento de vagas, o mau cenário persiste. A indústria de São Paulo fechou 7.500 vagas de emprego no mês de maio, o que representa um recuo de 0,33% em relação ao mês de abril, de acordo com o boletim divulgado pela Fiesp, nesta sexta-feira (17). No acumulado do ano até maio, foram registradas 41 mil demissões.
Segundo o G1, os setores que mais registraram maior queda são o de Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios (-1.519 postos); Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-1.330 postos) e Produtos de Borracha e Material Plástico (-1.043 postos). Dos 22 setores pesquisados, 16 tiveram queda no índice de emprego.
Segundo o boletim, a projeção para este ano é a eliminação de 165 mil vagas de trabalho, contra perda de 235.500 vagas em 2015.