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Senado vai votar propostas bipartidárias para acabar com paralisação do governo

Paralisação parcial já dura mais de um mês, funcionários federais estão sem receber e crise se agrava

Funcionário da Agência de Proteção Ambiental dos EUA exibe cartaz perto do escritório do senador Mitch McConnell— Foto Bryan Woolston AP Photo
Funcionário da Agência de Proteção Ambiental dos EUA exibe cartaz perto do escritório do senador Mitch McConnell— Foto Bryan Woolston AP Photo

O Senado dos Estados Unidos deu um passo em direção a uma solução para a paralisação parcial do governo que já dura um mês e vai votar propostas dos dois partidos na quinta-feira (24). Funcionários federais estão sem receber salários, parques nacionais estão fechados, a Guarda Costeira trabalhando no limite, bem como funcionários da segurança dos aeroportos. Cortes de Imigração estão vendo crescer as pilhas de processos e audiências.

O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, informou que será votada uma proposta Democrata para financiar o governo durante três semanas. A proposta não inclui os $ 5,7 bilhões exigidos pelo presidente Donald Trump para a construção de um muro na fronteira com o México, que os democratas veem como ineficaz.

Mas Trump já se opôs a qualquer legislação aprovada pela Câmara dos Deputados que não inclua a verba para o muro. Anteriormente, McConnell disse que não consideraria um projeto de lei orçamentário que Trump se recusasse a sancionar.

O líder do Senado disse que também colocará a voto na quinta-feira uma proposta de Trump para encerrar a paralisação. Essa proposta inclui os recursos para o muro e uma assistência temporária para os chamados “Dreamers”, jovens sem documentos que foram levados ilegalmente aos Estados Unidos quando crianças.

Trump propôs a manutenção por mais três anos a proteção à deportação aos Dreamers, que são cerca de 700 mil, como uma moeda de troca aos democratas para a aprovação da verba para o muro. No entanto, os líderes democratas no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara, Nancy Pelosi, se opuseram.

Por isso, é improvável que o plano seja aprovado no Senado, e tem ainda menos chances na Câmara dos Deputados, controlada por democratas.

Estado da União

Por causa da paralisação, a presidente da Câmara, a líder democrata Nancy Pelosi, pediu que Trump adiasse o discurso de Estado da União no Congresso previsto para o dia 29 de janeiro.

O pedido parecia capaz de resultar em um novo confronto entre Trump e Nancy, dias antes de o presidente se recusar a deixar Nancy usar um avião militar dos EUA para fazer uma viagem, horas antes de ela embarcar.

Mas nesta terça uma fonte do governo Trump disse que o presidente ainda pretende realizar seu discurso em 29 de janeiro em local ainda não definido.

 

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