O Senado começa a julgar nesta terça-feira (9) o processo de impeachment contra o ex-presidente Donald Trump. Ele está sendo julgado por “incitar” a invasão ao Capitólio que resultou na morte de cinco pessoas, incluindo um policial.
O processo já foi aprovado pela Câmara.
Para condenar Trump, pelo menos 17 Republicanos precisam votar alinhados aos Democratas para atingir o número necessário de votos, o que parece improvável.
A base de apoio a Trump no Senado argumenta que “não faz sentido o impeachment, pois a condenação não teria o principal efeito, que é o afastamento de um presidente”.
A votação no Senado deve se arrastar durante dias já que estão previstos os depoimentos de várias testemunhas sobre os ataques ao Capitólio. A acusação também vai exibir imagens dos momentos de pânico vividos por policiais e congressistas.
O incidente aconteceu em 6 de janeiro, durante a sessão parlamentar que confirmaria a vitória da chapa Biden-Harris na eleição presidencial de novembro passado.
Pouco antes do início da votação comandada pelo então vice-presidente, Mike Pence, Trump fez um discurso em que insistia na tese de que as eleições foram roubadas e convidou seus apoiadores a resistirem.
O presidente Biden disse em entrevista à rede CBS neste domingo (7) que vai deixar a decisão do impeachment para os senadores, mas considera que Trump não deve receber informações que são tradicionalmente enviadas aos ex-presidentes sobre questões que envolvem a segurança nacional.
Se Trump for condenado no Senado, haverá uma votação adicional para impedi-lo de concorrer novamente ao posto de presidente em 2024, conforme o Artigo 1 da Constituição dos EUA, Seção 3.
Essa votação exigiria apenas uma maioria simples, onde a vice-presidente Kamala Harris, servindo na condição de presidente do Senado, teria um voto de desempate se necessário.