DA REDAÇÃO, COM AP – O Senado americano deu o primeiro passo concreto no sentido de acabar com o Obamacare, a reforma na área da saúde que entrou em vigor há três anos. Em sessão que adentrou a madrugada, os congressistas aprovaram por 51 votos a favor e 48 contra uma resolução que que revogue o programa de seguro de saúde assinado pelo presidente Barack Obama em 2010.
A resolução vai agora para a Câmara dos Deputados, que deverá votar o tema ainda nesta semana. O desmantelamento do Obamacare é uma prioridade do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e dos republicanos nas duas Casas legislativas, controladas pelo partido.
“O Obamacare está entrando em colapso e estamos enviando uma equipe de resgate”, disse o senador Republicano, Mike Enzi.
O senador Democrata, Bern Sanders disse: “É importante que este país saiba que planos de saúde de 30 milhões de pessoas serão jogados no lixo. Se isso acontecer, muitas dessas pessoas irão morrer”.
A lei, votada em 2010, proíbe as seguradoras variar os preços dos planos com base no histórico clínico ou no sexo, se recusar a assegurar um paciente muito caro, ou limitar a quantidade de reembolsos anuais – o que eram práticas legais e que levaram alguns pacientes com doenças graves à ruína. Milhares de americanos que não tinham acesso a planos de saúde, passaram a contar com o benefício.
Em troca, a lei exige que qualquer pessoa localizada nos Estados Unidos, americana ou estrangeira, deve aderir um plano de saúde sob pena de uma multa.
A reforma também definiu os tratamentos que as seguradoras devem cobrir sistematicamente. Todo seguro deve incluir, por exemplo, internações, incluindo emergências. E os cuidados preventivos, como exames de diabetes ou câncer, vacinas ou métodos contraceptivos devem ser integralmente reembolsados.