Bush vinha dizendo que a presença de Zarqawi no Iraque antes da guerra era evidência de uma conexão entre o governo de Saddam e a Al-Qaeda
Não há nenhuma evidência de que o ditador deposto do Iraque, Saddam Hussein, tivesse um relacionamento com o terrorista Abu Musab al-Zaraqwi ou outros membros da Al-Qaeda enquanto estava no poder, de acordo com um relatório do senado sobre as informações de inteligência disponíveis antes da invasão do país pelos Estados Unidos. Políticos da oposição ao presidente George W. Bush dizem que esse relatório reduz ainda Amis a credibilidade das alegações feitas pelo governo para justificar a guerra.
Os documentos, que eram secretos e foram liberados nesta sexta-feira, também exploram o papel que informações incorretas, fornecidas pelo grupo de iraquianos exilados Congresso Nacional Iraquiano, desempenharam na marcha para a guerra.
O relatório revela, pela primeira vez, uma avaliação feita pela CIA em 2005, segundo a qual, antes da guerra, o governo de Saddam “não mantinha relação, nem abrigava ou fazia vista grossa a Zarqawi e seus associados”.
Bush e outras figuras da administração vinham dizendo que a presença de Zarqawi no Iraque antes da guerra era evidência de uma conexão entre o governo de Saddam e a Al-Qaeda. Zarqawi foi morto por um ataque americano em junho deste ano.
O relatório, que ficou dois anos em elaboração, é um “indiciamento devastador das tentativas incansáveis, enganadoras e enganosas da administração Bush-Cheney” de ligar Saddam à Al-Qaeda, de acordo com o senador Carl Levin.