Atores da premiada série “How to Get Away with Murder”, do canal ABC, Matt McGorry (que faz o papel de Asher Millstone) e Jack Falahee (Connor Walsh) foram impedidos de embarcar para curtir o Carnaval no Rio de Janeiro. O caso veio à tona na última semana. A dupla de atores, que viria acompanhando o colega Alfred Enoch (Wes Gibbins), descobriu apenas no aeroporto que precisava de visto para entrar no Brasil. Os dois foram impedidos de fazer o check in e compraram um bilhete para viajar para a Costa Rica.
Enoch, no entanto, acabou seguindo viagem, pois é filho de uma médica brasileira e já morou no país. “Era uma vez. Alfie, Jack e eu deveríamos pegar um avião para passar o Carnaval no Brasil. Jack e eu, sendo os inteligentes cidadãos americanos que somos, não percebemos que precisávamos de visto até tentar fazer o check-in no aeroporto”, contou Matt McGorry, numa postagem no Instagram.
“Alfie seguiu viagem, e Jack e eu compramos uma passagem para a Costa Rica”, completou. Nas hashtags, McGorry prometeu: #BrazilAnotherTime (ou “Brasil em outro momento”).
Raízes brasileiras
Alfred Enoch é inglês, filho do ator William Russell, mas hoje em dia prefere falar o tempo todo com sotaque americano por culpa de Wes Gibbins, aspirante a advogado na série estrelada pela atriz Viola Davis, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2017. Fluente em português, Alfred é filho da médica carioca Etheline Lewis, filha de barbadianos radicados no Brasil.
“Meu pai montou uma adaptação de “Dom Quixote” na Inglaterra e fez uma turnê pela América Latina. Ele acabou conhecendo minha mãe no Rio, numa festa depois de uma apresentação no consulado britânico, e foi assim que aconteceu”, conta ao jornal O Globo, o ator de 27 anos.
Graças às raízes, Enoch, que também viveu o jovem bruxo Dean Thomas na saga “Harry Potter”, decidiu estudar português e espanhol na universidade (“Li sobre a vida da Clarice Lispector, mas não gostei tanto quanto de ‘Deus e o diabo na Terra do Sol’”). Entre 2010 e 2011, tirou um ano sabático, passou cinco meses trabalhando em Sevilha, na Espanha, e voltou ao Brasil (ele morou por um ano em Salvador, na infância), tudo para melhorar a fluência nos dois idiomas.
No último Carnaval, Alfred foi visto badalando por camarotes na Marquês de Sapucaí e por bloquinhos de rua.