Esportes

Seleção Brasileira decepciona na derrota para o Paraguai

O time dirigido por Dorival Júnior foi batido por 1 a 0 em Assunção e cai para o 5º lugar nas Eliminatórias da Conmebol

Realmente há algo de podre no reino da CBF. Novo jogo pelas Eliminatórias da Conmebol e nova derrota. Desta vez, para o Paraguai, uma das seleções mais fracas da América do Sul.

A noite de terça-feira (10) foi de terror para a Seleção Brasileira no Estádio Defensores del Chaco em Assunção. A equipe comandada por Dorival Júnior não soube sair da armadilha montada pelo recém-contratado técnico Gustavo Alfaro, argentino contratado para salvar os paraguaios depois de um início preocupante para a seleção guarani. E ele trouxe alento para o Paraguai, com um empate fora de casa com o Uruguai e uma vitória sobre o Brasil em casa. O gol marcado por Diego Gómez, aos 20 minutos da primeira etapa, determinou o placar final do jogo.

Mas, deixemos o Paraguai de lado e vamos analisar a má fase do escrete canarinho. Esta foi a primeira derrota sob o comando de Dorival Júnior. No entanto, é a quarta derrota em oito partidas pelas Eliminatórias da Conmebol. Antes, já havia sofrido derrotas com Ramon Menezes e Fernando Diniz. Após a frustração pela não vinda de Carlo Ancelotti, Dorival Júnior assumiu a seleção. Foi bem nos amistosos internacionais, porém fracassou na Copa América e agora fez duas pálidas apresentações, tanto na vitória sobre o Equador como na derrota para o Paraguai – ambas por 1 a 0.

O primeiro tempo foi desolador, com o Brasil criando apenas uma oportunidade de gol, quando Endrick virou o jogo para Vini Jr. que foi à linha de fundo e cruzou para Guilherme Arana finalizar para o gol. O zagueiro Junior Alonso salvou em cima da linha e evitou o que seria o gol de empate. No restante do tempo, foi um domínio estéril com mais posse de bola, sem pressionar o adversário.

O técnico brasileiro fez duas substituições, com as saídas de Bruno Guimarães e Endrick para as entradas de Luiz Henrique e João Pedro. O início do segundo tempo deu algum alento, contudo o treinador paraguaio voltou a acertar sua equipe e o Brasil pouco produziu, mesmo após as entradas de Gerson, Lucas Moura e Estevão. Apenas jogadas esporádicas individuais, porém, ameaçando ppouco a metqa defendida por Gatito Rodriguez, goleiro reserve do Botafogo.

Aliás, a seleção paraguaia tem vários jogadores que atuam no futebol brasileiro. Além de Gatito, estiveram em campo Junior Alonso (Atlético-MG), Villasanti (Grêmio), Bobadilla (São Paulo) e Isidro Pitta (Cuiabá). Gustavo Gómez (Palmeiras) não jogou por estar suspenso e a seleção paraguaia ainda tem os irmãos Romero, Angel (Corinthians) e Oscar (Botafogo). Ou seja, com o ataque do Real Madrid (Vinicius Jr, Rodrigo e Endrick) e vários jogadoes que atuam na English Premier League tivemos de ouvir “olé”, vindo da arquibancada do estádio. Interessante notar que Gustavo Alfaro já havia conseguido arrancar um empate em 0 a 0 dirigindo a Costa Rica contra o Brasil na Copa América.

Analistas e torcedores estão tentando entender como pode uma seleção com jogadores tão talentosos não conseguir fazer boas partidas e ser derrotada por adversários modestos. Ao meu ver, os problemas se concentram em dois fatores: a falta de opções táticas do esquema montado por Dorival Júnior e a ausência de um meia criativo que crie jogadas para nossos atacantes. Claro que os maus desempenhos individuais dos jogadores vem contribuindo para a continuidade desta fase horrorosa.

Agora, em outubro, Dorival Júnior tem obrigação de vencer os dois próximos jogos: no dia 10, jogará contra o Chile, o penúltimo colocado, em Santiago. Cinco dias depois, receberá o Peru em casa. A seleção peruana é a lanterna das Eliminatórias. Caso não consiga fazer os seis pontos nestes dois encontros, Dorival Júnior estará ameaçado de perder o cargo ainda este ano.

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