DA REDAÇÃO, COM REUTERS – O secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, anunciou na quarta-feira (26), um ousado plano de reforma fiscal, que inclui uma “enorme redução”, do atual 35% para 15%, no imposto sobre lucros corporativos e a diminuição das faixas de cobrança que serão aplicadas sobre os trabalhadores.
“Trata-se de um dos maiores cortes de impostos da história”, destacou Mnuchin em uma coletiva de imprensa na Casa Branca, na qual insistiu que, com estas medidas, se pode alcançar “uma taxa de crescimento econômico anual de 3% ou superior”.
O plano divulgado aos jornalistas tem apenas uma página, e delineia “princípios básicos” que deverão ser detalhados mais adiante.
As faixas de cobrança para os trabalhadores passariam de sete a três (10%, 25% e 35%), seria eliminado o imposto sobre sucessões e seriam oferecidas deduções para o cuidado de crianças, entre outros elementos.
Além disso, seria aplicado um imposto para a repatriação de lucros das grandes empresas no exterior, a uma “taxa muito competitiva”, mas que Mnuchin evitou detalhar.
Como informa a EFE, o secretário do Tesouro ressaltou que o plano não implicaria em mais dívida federal, por não incluir cortes para equilibrar esta redução na arrecadação via investimentos, já que “se pagaria por si só” graças ao impulso econômico gerado.
Caminho árduo para aprovação
De acordo com a lei americana, somente o Congresso pode fazer grandes mudanças na lei tributária. Parlamentares inicialmente receberam bem o plano de Trump, considerando-o um ponto de partida para mais discussões sobre a reforma do código tributário. Desde 1986, nenhum presidente conseguiu uma ampla reforma do código fiscal dos Estados Unidos, embora vários tenham tentado.
No entanto, Trump disse anteriormente que pode dar forma ao maior corte de impostos a empresas e pessoas físicas da história e esta promessa fez as ações de Wall Street dispararem a níveis recorde praticamente desde que ganhou a eleição, em novembro.