O chefe interino do Department of Homeland Security (DHS), Chad Wolf, renunciou ao cargo na noite desta segunda-feira (11), em meio às crescentes ameaças de atos extremistas que o país enfrenta.
Entre outras atribuições, o DHS é responsável por garantir a segurança durante a posse presidencial de Joe Biden, em 20 de janeiro.
Ao explicar os motivos para a saída inesperada, Wolf citou uma perseguição judicial à sua liderança. “Infelizmente, esta ação é justificada por eventos recentes, incluindo decisões legais em andamento e sem mérito sobre a validade de minha autoridade como secretário interino”, comunicou.
Entretanto, a legitimidade de Wolf para comandar a pasta vem sendo questionada há vários meses.
“Há muito tempo sabemos que Chad Wolf tem servido ilegalmente em seu cargo, então o momento de sua renúncia não deve ser por este motivo”, tuitou o deputado Bennie Thompson, presidente do Comitê de Segurança Interna da Câmara.
Wolf liderava o DHS desde novembro de 2019 em caráter provisório. Trump o havia nomeado oficialmente para o cargo em agosto de 2020, mas o Senado nunca votou para confirmá-lo.
Portanto, a justiça considerou que ele não era legítimo e invalidou algumas de suas decisões, como o encerramento do Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA), que protege da deportação os imigrantes trazidos para os EUA ainda crianças.
A saída do Republicano de 45 anos não menciona explicitamente o ataque ao Capitólio ocorrido na semana passada e que deixou cinco mortos.
Mas um dia após a invasão ele emitiu um comunicado chamando o evento de “trágico e repugnante” e instando o presidente a “condenar veementemente” a violência.
Pete Gaynor, chefe da Federal Emergency Management (FEMA), assumirá temporariamente a vaga de Wolf, até que o novo indicado de Joe Biden, Alejandro Mayorkas, assuma o controle da pasta.