Estados Unidos Geral

Secretário de Defesa dos Estados Unidos discorda de Trump sobre imprensa

James N. Mattis disse em entrevista que a imprensa não é "inimiga do povo americano" como afirmou o presidente

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James N. Mattis, disse neste domingo que a imprensa não é “inimiga do povo americano”, recusando-se a alinhar-se ao lado do presidente Trump, que fez a afirmação na semana passada.

“Tive algumas divergências com a imprensa”, ele disse em resposta à pergunta se considera a imprensa como inimigo. “Mas não, a imprensa é uma instituição com a qual devemos lidar e pessoalmente não tenho problema algum com a mídia”.

Na sexta-feira, Trump disse pelo Twitter que a mídia “fake news” é “inimiga do povo americano”, e num post anterior listou CNN, The New York Times, NBC e “muitos mais”. O post foi deletado e mais tarde voltou, incluindo na lista as redes ABC e CBS.

Trump repetiu o ataque no sábado, em Melbourne, na Flórida, diante de milhares de apoiadores, quando acusou a mídia de tentar minar seu governo.

“Também quero falar a vocês sem o filtro das notícias falsas”, disse Trump no comício. “Elas se tornaram uma grande parte do problema. São parte de um sistema corrupto”.

No mesmo comício, Trump deixou o mundo perplexo ao citar um suposto atentado terrorista na Suécia que nunca aconteceu.

O governo recém empossado tem tido um começo tumultuado, incluindo a renúncia do assessor de Segurança Nacional, Michael Flyn, depois de uma polêmica sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas e no próprio governo.

Em resposta, Trump disparou novo ataque aos jornalistas. Disse que a imprensa é “falsa” (fake) pelo menos 20 vezes durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca na quinta-feira, em seguida à demissão de Flynn.

O secretário de Defesa Mattis disse que a situação no governo não é enfraquecedora, apesar das polêmicas.

“Bem-vindo à democracia”, disse. Às vezes ela é duramente controversa, outras vezes esportiva, mas o principal é que é a melhor forma de governo que temos”.

O General Tony Thomas, comandante do U.S. Military’s Special Operations Command, disse em uma coletiva na terça-feira que o caos tem que acabar.

“Nosso governo continua envolvido em um incrível tumulto”, disse o general. “Espero que resolvam logo, porque somos uma nação em guerra”.

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