DA REDAÇÃO, com Época – O Globo de Ouro é um dos prêmios mais relevantes da indústria do cinema. É justo dizer que ele só não é mais importante do que o Oscar. A premiação que elege o melhor do cinema e da TV e é realizada nos Estados Unidos há 73 edições pode agora premiar o filme brasileiro “Que Horas Ela Volta?”, da diretora Anna Muylaert. O escalado para apresentar o filme aos críticos americanos é o ator Rodrigo Santoro.
O ator, que assistiu ao longa numa exibição em Los Angeles, foi convidado pela produção para apresentar uma sessão dedicada à Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood.
“Vou ser o host, junto com a Anna, da exibição para os votantes do Globo de Ouro na semana que vem. Não é o máximo?”, vibra Santoro. “Que Horas Ela Volta?” disputa uma vaga entre os finalistas na categoria de melhor filme estrangeiro.
O ator, que vem se dividindo entre o Rio e a Califórnia há um bom tempo, está no Brasil para promover seu mais recente filme, “The 33”, em que contracena com a francesa Juliette Binoche. A produção revive a história dos mineradores chilenos que ficaram presos dentro de uma mina após uma explosão em 2010. Santoro dá vida a Golborne, Ministro da Energia.
Desigualdade social
Estrelado por Regina Casé em elogiada atuação, o filme narra a história da empregada doméstica Val, mulher que se vê em uma situação constrangedora quando seus patrões -gente para a qual ela trabalha dia e noite, muitas vezes confinada em um quartinho minúsculo na área de serviço- ficam intrigados com a notícia de que sua filha vinda do Nordeste irá cursar uma universidade pública frequentada pela elite do país.
O Brasil aposta no filme para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2016. A produção vem recebendo críticas positivas ao redor do mundo, e já foi premiada em festivais importantes nos Estados Unidos (como o Sundance Festival) e na Europa (onde venceu o Festival de Berlim).