O indicado do Partido Democrata para destronar Ron DeSantis do governo da Flórida tem 66 anos de idade e governou o estado entre 2007 e 2011 pelo Partido Republicano. Logo após deixar o cargo, Charlie Crist, que é considerado um político moderado, trocou de Partido. “Eu mudei de partido porque meu partido mudou”, disse ele em uma entrevista recente ao The View, acrescentando “Eu evolui com o decorrer do tempo, enquanto os republicanos regrediram”. Ele se prepara para lançar um livro intitulado: How the Extreme Right Hijacked the GOP and I Became A Democrat ( Como a Extrema Direito Sequestrou o Partido Republicano e Eu me Tornei um Democrata, na tradução livre em português).
A aposta do Partido de Joe Biden é que Crist atraia eleitores sem filiação partidária e republicanos mais comedidos, que discordam de algumas políticas ultraconservadoras de DeSantis.
Em seu primeiro video de campanha, o candidato chama seu oponente de “ameaça à democracia”. Entre as acusações feitas pelo agora democrata está a diminuição de requisitos para a compra de armas e a proibição do aborto legal. “Ron DeSantis é uma agenda radical e nós podemos para-lo”, diz. “Ele quer ser presidente dos EUA e está usando a Flórida como campo de provas para isso”, completou.
Entretanto, a tarefa de superar DeSantis não vai ser fácil. Pela primeira vez na história a Flórida tem mais republicados registrados, do que qualquer outro partido. Desde 1994, nenhum democrata conseguiu se eleger no estado.
Além disso, o atual governo possui uma das campanhas mais ricas do país. Desde 2019 até agora, DeSantis construiu um fundo de quase $200 milhões para investir em sua reeleição, de acordo com o site followthemoney.org. Um montante que os democratas não devem conseguir alcançar.
Na propaganda partidária, o republicano aparece travando um combate com a “mídia corporativa”, que ele frequentemente retrata como inimiga, e afirma ter agido para proteger e manter as empresas funcionando durante a pandemia de covid-19. Medida que aumentou positivamente sua popularidade e fez com que o governador da Flórida passasse a ser cotada para concorrer à presidência em 2024.