Em apenas uma semana, os rebeldes na Síria conseguiram o que não conseguiram em meses há 13 anos: derrubar o ditador Bashar al-Assad após 53 anos de opressão que ele compartilhou com seu pai Hafez al-Assad. Mas nem todas as expectativas são boas: revolução ou mais um passo atrás para o povo sírio e seus vizinhos, como Israel? Essa é a pergunta que muitos estão fazendo depois da tomada de poder pelos rebeldes no domingo (8).
Com um longo histórico de repressão e violações dos direitos humanos, o ex-homem forte da Síria conseguiu deter o avanço dos rebeldes em 2011 com a ajuda militar da Rússia de Vladimir Putin e mais de 300 mil mortes de civis.
A coligação rebelde da Síria consiste em grupos islâmicos e moderados que, apesar das diferenças, estão unidos na luta contra o regime do presidente Bashar al-Assad.
Hayat Tahrir Al Sham (HTS) é um dos maiores, também conhecido como Organização para a Libertação do Levante. O HTS foi fundado por Abu Mohammad al-Jolani, um comandante militar e combatente da Al Qaeda contra os Estados Unidos, no Iraque.
Jolani criou o Jabhat al-Nusra, filiado sírio da Al Qaeda, e operou o grupo até uma ruptura pública em 2016 devido a diferenças ideológicas e oposição ao Estado Islâmico, formando o HTS em 2017, grupo que lidera até hoje.
Agora, todos os ocidentais se perguntam se os rebeldes terão uma postura mais conciliadora ou se adotarão o radicalismo islâmico, que tolhe os direitos das mulheres nas sociedades que adotam a lei da sharia, onde prevalece o radicalismo religioso.
Bashar al-Assad e família em Moscou, informam agências de notícias russas
O ex-presidente da Síria e sua família chegaram à Rússia, que lhes concedeu asilo por “razões humanitárias”, disse a fonte às agências de notícias.
O ex-presidente deposto da Síria, Bashar al-Assad, e sua família estão em Moscou, anunciaram as agências de notícias russas, citando uma fonte do Kremlin, depois que o “tirano” fugiu do país diante de um avanço inesperado de uma aliança de rebeldes liderados por islamitas radicais que tomaram o poder.
“Assad e membros de sua família chegaram a Moscou. A Rússia lhes concedeu asilo por motivos humanitários”, disse a fonte às agências TASS e Ria Novosti, informaram as agências.
A informação esclarece dúvidas sobre o paradeiro de al-Assad, que, ao deixar Damasco, esteve no centro de relatos conflitantes de que o ditador poderia ter morrido quando o avião que o transportava caiu em uma rota não especificada. Segundo relatos, al-Assad recebeu asilo na Rússia, onde foi recebido por Vladimir Putin.