O ex-jogador Romário, agora deputado federal pelo PSB-RJ colheu as assinaturas necessárias para o requerimento da instalação a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O deputado conseguiu, em cerca de 24 horas, 188 assinaturas, 17 a mais do exigido pelo Regimento da Câmara Federal.
De acordo com Romário, a velocidade para a coleta das assinaturas se deu por conta das denúncias contra a entidade apresentadas na Câmara. “Nós aqui da Câmara não estamos admitindo mais este tipo de sacanagem com o povo”, afirmou.
Romário começou a recolher as assinaturas às 15h de terça-feira (4) e às 16h da quarta (5), 166 já haviam endossado a lista, o que fez o ex-jogador afirmar, por meio de nota oficial, que a coleta aconteceu em
“tempo recorde”.
O ex-atacante pede que sejam verificados os contratos de patrocínio da entidade. E dá como exemplo o acordo com a TAM, que tinha como beneficiárias empresas de Wagner Abrahão, amigo de Ricardo Teixeira. Ele também fala em suposta manipulação de convocações da seleção para beneficiar empresários.
O pedido de CPI é um golpe para Marco Polo Del Nero. Ele foi afastado do cargo de vice-presidente da CBF, mas ainda ocupa o cargo de presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), é membro do Comitê Executivo da Fifa e, ainda está envolvido numa investigação da Polícia Federal.
Del Nero está sendo investigado pela Operação Durkheim da Polícia Federal, que apura crimes contra o sistema financeiro e violação de dados. Na semana passada, ele teve a casa visitada por policiais da PF, que recolheram documentos e computadores na ocasião, o dirigente chegou a ser levado à sede do órgão em São Paulo para prestar esclarecimentos e foi liberado posteriormente.