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Risco de morte por COVID-19 é quase 2,5 maior entre homens, diz estudo

Qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus, mas médicos chineses observaram que pacientes do sexo masculino tem maior probabilidade de terem seus casos agravados

Estudo mostra que homens têm casos mais graves da COVID-19 (Foto: Unsplash)
Média de idade de in (Foto: Unsplash)

DA REDAÇÃO – A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, está matando mais homens que mulheres. A afirmação é de um estudo conduzido por cientistas chineses que realizaram a primeira pesquisa que relaciona o gênero com os casos de óbito pela doença. 

O estudo publicado na revista científica Frontiers in Public Health constata que homens e mulheres são igualmente propensos a contrair o vírus, mas os homens têm mais chances de sofrer efeitos graves da doença e vir a falecer. Os resultados sugerem que cuidados adicionais podem ser necessários para homens mais velhos ou com doenças pré-existentes.

“No início de janeiro, percebemos que o número de homens que morriam de COVID-19 parecia ser maior do que o número de mulheres”, disse, em nota, o médico e autor da pesquisa Dr. Jin-Kui Yang. “Descobrimos que ninguém havia medido as diferenças de gênero nos pacientes e então começamos a investigar”.

A equipe analisou conjuntos de dados de mais de 1056 homens e mulheres infectados e de 524 pacientes com Sars, doença semelhante que afetou a China em 2003. Assim, entre as pessoas com o coronavírus, os pesquisadores confirmaram que os homens tendem a ter agravamento das condições e, por isso, mais chances de óbito. Nos grupos estudados, mais de 70% dos pacientes que morreram eram homens, o que significa que eles têm quase 2,5 vezes a taxa de mortalidade de mulheres.

No conjunto de dados da Sars, os pesquisadores descobriram uma tendência semelhante, com uma taxa de mortalidade significativamente maior entre os homens em comparação com as mulheres.

No entanto, eles afirmam que mais pesquisas são necessárias para determinar exatamente por que os homens com COVID-19 tendem a ter quadros mais graves do que as mulheres. Ainda assim, o estudo pode ter implicações importantes no atendimento ao paciente. “Recomendamos que cuidados adicionais de suporte e acesso imediato à unidade de terapia intensiva possam ser necessários para pacientes do sexo masculino mais velhos”, disse Yang. (Com informações da Revista Galileu).

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