‘The Economist’ diz que Lula preferiu a vida mansa
A revista britânica The Economist afirma em artigo publicado nesta quinta-feira, intitulado Lula opta pela vida mansa, que o presidente “não é um homem com pressa”.
Segundo o texto, a reforma ministerial “em câmera lenta” promovida este ano por Lula “marca o ritmo de um segundo mandato sem ambição”.
O artigo destaca que Lula acumulou bastante poder com o enfraquecimento relativo do PT, a relativa alta popularidade do presidente e a montagem de um Ministério que permitirá boas relações do Executivo com o Congresso.
“Mas o que ele fará com todo esse poder? Sua ambição não parece ter acompanhado o mesmo ritmo.”
A revista afirma que com Antonio Palocci, afastado no ano passado do Ministério da Economia, talvez o governo conseguisse promover a reforma da Previdência e reduzir os gastos governamentais. Sem o político, no entanto, a tarefa deve “ficar a cargo de um ‘Fórum’ que provavelmente não recomendará uma mudança radical”.
O sucesso do segundo mandato dependerá, segundo a revista, de “iniciativas mais modestas”, como um “promissor” plano para educação e diversas reformas microeconômicas.
Apesar dos problemas, a The Economist afirma que o governo não está em uma situação difícil.
“O presidente não está suando. O crescimento econômico, amparado por uma recente revisão estatística, é respeitável. Os mercados financeiros – e os eleitores – estão com disposição para perdoar.”