Um segundo exame antidoping realizado no dia de sua luta contra Nick Diaz pode ser um trunfo da defesa de Anderson Silva frente à Comissão Atlética de Nevada (NAC, na sigla em inglês). O teste, que buscou as mesmas substâncias proibidas apontadas no exame positivo divulgado em fevereiro, teve resultado negativo, mas não foi anexado à queixa da entidade contra o lutador.
O exame, cujo resultado foi obtido pelo Combate.com junto à NAC após ser divulgado pelo blog “Na Grade do MMA” nesta quinta-feira (25), foi realizado pouco antes do combate entre “Spider” e Diaz pelo UFC 183, em 31 de janeiro, em Las Vegas. Às 6h39pm, Anderson cedeu amostra de urina para o laboratório Quest Diagnostics, e, às 6h41pm, colheu outra amostra para o Sports Medicine Research & Testing Laboratory (SMRTL). O teste realizado pelo SMRTL encontrou drostanolona no organismo de Spider; já o analisado pelo Quest, que também buscou agentes anabólicos e mascarantes, nada apontou.
O resultado negativo não foi anexado à queixa da NAC, segundo o promotor do caso, Christopher Eccles, disse ao blog, porque ele não é obrigado a incluí-los nos autos, já que só os exames positivos são usados como base de denúncia. A queixa, obtida pelo Combate.com em fevereiro, aponta falhas de Anderson Silva em exames no dia 9 de janeiro, cerca de três semanas antes do combate, e em três exames no dia 31 de janeiro: um antes de sua luta, realizado pelo SMRTL, e dois após sua luta, para drostanolona e para ansiolíticos.
O exame da Quest antes da luta não deve inocentar ou livrar Anderson, já que ele enfrenta outros resultados positivos; o resultado pós-luta para ansiolíticos, inclusive, foi obtido em amostra testada pela Quest. Todavia, a defesa do lutador deve usar o teste para tentar atenuar sua pena ou até mesmo desclassificar o exame antidoping do SMRTL. Anderson Silva tem até 7 de agosto para apresentar sua defesa por escrito à NAC, e uma audiência será marcada posteriormente.