DA REDAÇÃO (com Agências) – Pela primeira vez desde o início da crise financeira há oito anos, em 2015 a renda média das famílias americanas aumentou, anunciou nesta semana o Censo dos Estados Unidos. As informações são da agência de notícias France Presse.
A renda média subiu 5,2% em termos reais, ou seja, considerando a inflação entre 2014 e 2015. No mesmo período a taxa de pobreza caiu 1,2 pontos percentuais. “É o primeiro aumento anual da renda média desde 2007, o ano que precedeu a última recessão”, afirmou o organismo.
Essa renda continua sendo, entretanto, 1,6% inferior à de 2007, um ano antes da crise financeira estourar em 2008. Além disso, a renda média de uma família americana continua sendo 2,4% mais baixa que o mais alto valor alcançado em 1999.
O avanço na renda domiciliar, cuja mediana chegou a $56.156 (R$ 185.314), marca um importante ponto de inflexão na recuperação da recessão de 2008 e mostra que os recentes avanços econômicos estão sendo distribuídos de maneira mais ampla, segundo reportagem do “New York Times”.
O número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, porem, continua alto, ainda que tenha se reduzido em 3,5 milhões de pessoas, ou cerca de 8%, em 2015.
Hispânicos ganhando mais
O relatório demonstra que os avanços têm base ampla. A renda cresceu em todas as faixas etárias, e os ganhos mais fortes vieram para os adultos em seus anos de trabalho mais produtivos. A maior fonte desse avanço foi provavelmente a alta do emprego, em lugar de aumentos de salário.
Os domicílios afluentes tiveram os maiores avanços. Em termos percentuais, os domicílios de renda mais baixa tiveram avanços maiores, mas os indicadores de desigualdade de renda ficaram inalterados, de acordo com o Serviço de Recenseamento.
A renda também cresceu, e a pobreza diminuiu, em todos os grupos raciais, com quedas especialmente fortes nos índices de pobreza dos domicílios negros e hispânicos.