Volume foi de quatro bilhões de dólares, deixando o país em terceiro lugar no ranking
As remessas de dinheiro de imigrantes latino-americanos para seus países em 2010 vem demonstrando há alguns anos uma tendência de estabilização, mas o Brasil foi uma exceção à regra. O fluxo registrou diminuição de 15% em seu volume, para 4.044 bilhões de dólares. Os dados são do BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, que atribui a queda ao bom momento econômico do país.
Para os especialistas, dois motivos principais explicam o resultado: de um lado, a economia forte desestimulou a imigração e diminuiu a necessidade dos envios; de outro, a inflação e a apreciação do real reduziram o poder de compra do dinheiro vindo de outros países. Já em 2009 houve declínio de mais de 25% nas remessas enviadas ao Brasil em relação ao ano anterior, confirmando a tendêencia de queda. O país era o segundo em volume recebido de seus emigrantes, atrás somente do México, mas hoje também foi ultrapassado pela Guatemala.
O custo do envio de dinheiro ao Brasil é relativamente alto em comparação a outros países latinos. Para enviar 200 dólares, o brasileiro chega a pagar 10% do total, contra média de 5% e 6% no restante da região, segundo o Banco Mundial. No geral, o envio de remessas à América Latina subiu modestos 0,2% em 2010, atingindo 59 bilhões de dólares.
