A esperada reforma imigratória do presidente Joe Biden começa a tramitar nas casas legislativas nesta quinta-feira (18).
A chamada U.S. Citizenship Act of 2021 ( Lei de Cidadania dos Estados Unidos 2021), será apresentada na Câmara dos Deputados às 11:30 a.m., ET, pelo senador Bob Menendez, de New Jersey, que lidera a articulação do projeto no Congresso americano.
Ele estará acompanhado pela deputada Linda Sánchez, da Califórnia, e outros 10 legisladores Democratas, de acordo com um comunicado do gabinete de Menendez.
Concluída a menos de um mês do início do governo Biden, a legislação tem como peça central criar caminho de oito anos para a legalização de milhões de imigrantes que já estão nos EUA.
Para serem beneficiados, os candidatos terão que passar por verificações de antecedentes criminais, pagar impostos e preencher outros requisitos, de acordo com a proposta preliminar apresentada por Biden.
A partir daí, eles teriam autorização para viver e trabalhar no país por um período de cinco anos e, após esse prazo, poderiam se candidatar a um green card, o que lhes daria status de residentes permanentes.
Certos imigrantes como os jovens portadores do DACA ( Defeered Action for Childhood Arrivals), trabalhadores rurais e beneficiários do Temporary Protected Status (TPS) poderiam solicitar residência permanente imediatamente.
O ambicioso plano do presidente Democrata chega aos EUA 35 anos depois que o presidente Republicano, Ronald Reagan, promulgou a Lei de Reforma e Controle da Imigração em 1986, que permitiu regularizar a situação de cerca de 3 milhões de indocumentados.
“O momento é de esperanças, mas também sabemos que começamos aqui uma batalha”, disse Angélica Salas, diretora-executiva da Human Rights Immigrants Coalition, ao canal Univision. “O objetivo é uma reforma da imigração justa e humana”, acrescentou Salas, destacando que “não há alternativas a não ser lutar pela aprovação da lei”.
Mesmo com maioria na Câmara e no Senado, os Democratas não têm votos suficientes só no seu partido para passar a legislação, sendo preciso convencer parlamentares Republicanos a votarem alinhados.
O Partido Democrata tem 50 das 100 cadeiras no Senado. Para ser aprovado o projeto exige 60 votos dos senadores.