Uma rede de tráfico humano operada por brasileiros pode estar ajudando imigrantes ilegais do Oriente Médio a atravessar a fronteira do México com os Estados Unidos, segundo uma reportagem do jornal The Washington Times. O esquema teria ajudado pelo menos uma dúzia de indivíduos a entrarem ilegalmente no país, diz a reportagem.
Entre os indivíduos traficados estão palestinos, paquistaneses e um homem afegão que o agentes do departamento de segurança nacional (Homeland Security) afirmam ter ligações familiares com o Talibã, e estaria “envolvido com um plano de ataque nos EUA ou no Canadá.” O afegão já estaria preso e seu nome não foi divulgado para não atrapalhar as investigações, diz ainda a reportagem.
Alguns dos indivíduos envolvidos no esquema foram capturados antes que pudessem entrar nos EUA, mas alguns conseguiram, incluindo o afegão, que foi preso em solo americano.
O grupo, guiado por dois mexicanos usados pela rede de tráfico humano, passou por baixo de uma cerca na fronteira do Arizona no final do ano passado, e andou por cerca de 15 milhas antes de ser interceptado pela patrulha da fronteira, segundo documentos obtidos pelo deputado Duncan Hunter. A rede de tráfico humano operada pelos brasileiros seria responsável pela conexão entre os imigrantes traficados e os mexicanos. As autoridades americanas pediram ao Times que não divulgasse o nome da rede de tráfico para não prejudicar as investigações.
O afegão capturado contou à policia da fronteira que o grupo atravessou a fronteira perto de Nogales, no México. Todos os seis homens capturados solicitaram asilo. Hunter disse ao Times que “pelo que entendi, cinco homens paquistaneses foram liberados graças ao pedido de asilo e depois desapareceram.”
De acordo com documentos aos quais o Washington Times diz ter tido acesso, a patrulha da fronteira não identificou de pronto as ligações do afegão com terroristas. Só descobriram o envolvimento dele depois de uma verificação na base de dados do FBI, que revelou “relações suspeitas” do indivíduo com o terror.
Os imigrantes ilegais foram identificados primeiramente por um informante no Oriente Médio, que referiu-se a uma rede de tráfico humano no Brasil. A rede teria trazido os imigrantes por uma rota que passa por Brasil e América Central.
Duas semanas depois das prisões do ano passado, cinco homens oriundos do Oriente Médio – dois deles carregando cilindros de aço inoxidável nas mochilas – foram detidos pela patrulha da fronteira no Arizona, a cerca de 30 milhas da fronteira, informou o noticioso Judicial Watch.