Na terça do dia 27 de julho, a cidade de Nova York pode sentir pela segunda vez em uma semana os efeitos das queimadas da costa Oeste através de uma má qualidade do ar.
Em tais condições de ar, causadas principalmente pela queimada denominada Bootleg oriunda no estado de Oregon, pessoas com sistema respiratório comprometido, recém-nascidos e idosos representam grupos vulneráveis a complicações de saúde.
Na manhã de terça-feira de 27 de julho o índice de qualidade de ar chegou a 117, apenas inferior a uma semana inferior, no dia 20 de julho, a qual atingiu 157.
Apesar de a queimada de Oregon estar contida em quase 50%, a queimada Dixie iniciada na California contribui para a má qualidade de ar que está atingindo a maior parte do nordeste dos estados Unidos e partes do Canadá.
A fumaça que vem das queimadas é tão forte que se torna altamente tóxica para respirar.
“Em essência, no momento que a fumaça atinge a Costa Leste, ela carrega uma maior concentração de radicais livres que não é desejável respirar. Há evidências de danos nas células e tecidos do corpo”, disse Dra. Erin Landguth da Universidade de Montana ao The Gothamist/ WNYC.
A boa notícia é que uma frente fria na quarta, dia 28 de julho, causou uma pequena queda de temperatura e leve chuva, aliviando a condição da qualidade de ar.
A companhia de metrô de Nova York decidiu não aumentar a tarifa este ano
Na terça-feira, 20 de julho, a direção da agência de transporte público de Nova York, a MTA, decidiu cancelar o aumento de 4% das tarifas de metrô e ônibus da cidade.
“É um reconhecimento unânime do conselho que muitos dos clientes estão ainda sofrendo dos efeitos da pandemia,” disse Patrick Foye, chefe executivo da MTA.
No momento até antes da pandemia, a arrecadação de tarifas era responsável por mais da metade das despesas. Com a queda do número de passageiros, devido ao trabalho remoto e ausência de turistas, a arrecadação por tarifas caiu pela metade, se comparado com o período antes da pandemia.
Antes da decisão, outras opções incluíam aumentar a passagem de $2.75 para $2.85, aumentar a taxa de aquisição do Metrocard de $1 para $3 ou eliminar as opções de corridas ilimitadas (semanal e mensal).
A MTA, que já vem sofrendo com deteriorização de serviços, devido a falta de trabalhadores, espera manter o orçamento em dia até pelo menos o ano de 2025. Isso se deve ao fato de que o governo federal alocou cerca de $4 bilhões através do American Rescue Plan, aprovado em março. $10.5 bilhões adicionais estão previstos de entrarem no sistema ao longo dos próximos anos através do mesmo programa.
Apesar desta estimativa, alguns membros do conselho alertam que essa verba, além de um empréstimo do governo federal de $2.9 bilhões de dólares não seriam suficientes para cobrir todas as despesas e há previsão de um desfalque de $2.5 bilhões depois de 2025.
A agência tem aumentado a tarifa a cada dois anos desde 2009, e este aumento traria cerca de $17 milhões para o sistema.
Contudo, ativistas em prol do aprimoramento do transporte público apontaram que as comunidades de baixa renda, que sofreram mais durante a pandemia, seriam as mais afetadas com aumento de tarifa.
“Um aumento premeditado de tarifas seria extremamente desigual, afetando principalmente pessoas de baixa renda e trabalhadores essenciais,” afirmou Danny Pearltein ao New York Times, porta-voz da Riders Alliance, um grupo que luta por melhorias no transporte público.
Por fim, membros do conselho da MTA planejam retomar conversar de tarifa para o ano de 2022.
Mega concerto simboliza retorno de Nova York
Na terça do dia 27 de julho, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio anunciou mega concerto no Central Park, simbolizando o retorno da cidade. O evento ocorrerá no sábado de 21 de agosto.
Bruce Springsteen lidera o grupo de convidados composto por LL Cool J, Elvis Costello, Andrea Bocelli e Carlos Santana. O espetáculo, que será gratuito, terá como requerimento para assisti-lo prova de vacinação completa.
Queremos que este concerto seja para o povo. Mas quero ser bem claro: tem que ser um concerto seguro. Tem que ser um concerto que nos leve adiante em direção à recuperação total,” declarou De Blasio durante vídeo conferência com a imprensa na terça-feira, 27 de julho.
Além dos convidados acima estarão presente também The Killers, Wind, Earth and Fire, Wyclef Jean, Barry Manilow, Paul Simon, Jennifer Hudson e Patti Smith, o que demonstra um lineup multi geracional.
Cerca de 80% dos ingressos serão gratuitos, distribuídos pelo site da prefeitura (nyc.gov/HomecomingWeek) mediante apresentação de prova de vacinação. Haverá acomodações para pessoas não vacinadas, seguindo protocolos de segurança para o COVID-19.
Máscaras serão opcionais para pessoas vacinadas e devido ao fato de ser em ambiente exterior. O evento ocorrerá no Great Lawn, dentro do Central Park.
Os portões se abrirāo às 3 da tarde e o concerto inicia-se às 5 da tarde. Para quem não puder participar em pessoa, o evento será transmitido pela CNN.
Para que tudo ocorra perfeitamente, os organizadores contam com produtor musical Clive Davis, nativo do Brooklyn, que vem trabalhando no evento desde de maio.
“Nascido e criado em Nova York, sei bem o quão resiliente nós somos e que Nova York sempre retorna”, declarou Davis durante conferência de imprensa, “E, sim, senhoras e senhores, estamos voltando. E não posso imaginar uma forma mais apropriada de celebrar que não seja o um inesquecível concerto no local mais especial do mundo: o Great Lawn do Central Park,” concluiu Davis. ν