Marcus Coltro

Queijos!

Queijos

Gorgonzola, pecorino, provolone, grana, brie, camembert, feta, gruyère… são centenas de tipos de queijo pelo mundo afora! Na Europa cada país produz diversos tipos, com sabores únicos – se eu pudesse, provaria todos. Aqui no Brasil temos sabores mais suaves, mas mesmo assim são mais saborosos que os produzidos nos EUA – lá eles tem  o amarelo-plástico-sem-gosto, o branco-plástico-sem-gosto, o amarelo-mais escuro-
plástico-sem-gosto (é brincadeira, calma…). Zoeira à parte, os americanos quase que ficam sem queijos europeus devido às exigências sanitárias, como a que exigiria que o leite para produção dos queijos seja pasteurizado. Até consigo ver a cara de escárnio dos Franceses ou Italianos na hora que os compradores viessem com essa condição para continuar comprando… como se fosse fácil pedir para os produtores rurais se adequar às normas americanas de como fazer seus próprios queijos! São receitas passadas de geração para geração, por centenas de anos.

Haja queijo

Em uma de minhas primeiras viagens à França, meu irmão e eu fomos à Galeria Lafayette e vimos aquela vitrine com um monte de tipos de queijos – ficamos hipnotizados com tanta variedade. Escolhemos uns dois tipos e perguntamos para a atendente qual era o mais forte entre eles. Ela respondeu “tem certeza de que querem o mais forte?” – nós com um sorriso na cara, “sim!”. Aí ela pegou uma luva de amianto com uma pinça longa e tirou um pedaço de queijo da vitrine (ok, ok, nem tanto…). Compramos pão e levamos para comer no hotel – o sabor era celestial, difícil de descrever – mas era realmente forte. Tanto que acho que tiveram que fechar o quarto para desinfetar depois que fomos embora, pois na manhã seguinte o ar estava irrespirável só com o papel de embrulho do queijo que jogamos na lixeira do banheiro.

Nessas horas imagino quem foi o primeiro que teria tido a ideia de deixar um queijo embolorar por meses ou anos e testar seu sabor. Tipo, “olha, esqueci esse queijo embaixo da minha cama junto com minhas meias desde o ano passado, vou provar para ver se ainda está bom”. Na minha geladeira todos queijos acabam virando “gorgonzola”, mas eu não tenho as manhas de experimentar.

Tem um vídeo rodando nas redes sociais mostrando um queijo suíço tipo raclette sendo derretido e depois escorrido em cima de pães, batatas e …..qw45rfgegjkfavcçldvdfsdfjhsdblfghfad – desculpe, salivei em cima do teclado e deu curto-circuito. Aquilo é uma tortura de assistir para quem gosta de queijos como eu – aliás, minha família inteira é viciada em queijos. Tanto que nunca entendemos nossos amigos no Japão, que odeiam queijo e derivados de leite. Quando viajamos com eles na Europa e pedimos algo com queijos fortes, nos olham como se estivéssemos comendo vômito endurecido.

Eu exagero de vez em quando, e a digestão de queijo é problemática dependendo da quantidade. Ultimamente tenho notado no espelho pela manhã que meu rosto está vermelho, após exagerar no consumo no dia anterior – sei lá se estou ficando alérgico a lactose (toc-toc-toc). Até estou pensando em evitar de fazer isso com frequência – digo, isso de olhar no espelho depois de me entupir de queijos.

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