Ebenezer Yeboah Asane, um ex-soldado da base militar de Fort Bragg em North Carolina está sendo acusado de arranjar casamentos falsos entre imigrantes indocumentados e soldados americanos da ativa, com o objetivo de obter green cards.
A acusação contra o ex-militar foi apresentada na quinta-feira passada (8) pelo procurador Robert J. Higdon, Jr. incluiu os nomes de 10 outros homens que participaram do esquema.
A quadrilha recebia dinheiro para forjar festas de casamento, fotos e documentos para serem entregues à imigração.
Os casamentos falsos eram usados para favorecer tanto os imigrantes como os soldados, que uma vez casados passam a ter acesso ao Subsídio Básico de Habitação (BAH) do exército.
Agora, o grupo vai responder por 29 crimes, entre eles, fraude em casamento, falso testemunho, obstrução de justiça, conspiração, tráfico humano e falsificação de vistos.
A advogada Renata Castro, fundadora do Castro Legal Group, explica que forjar um casamento com objetivos imigratórios é um crime federal grave. “A imigração dos EUA tem cada vez mais interesse em condenar indivíduos envolvidos em esquemas de casamentos falsos. A quadrilha descrita no artigo atuava em larga escala, mas é importante lembrar que as consequências legais são as mesmas para quem faz casamentos falsos tanto de forma individual e também para aqueles que agenciam os casamentos”, ressalta a advogada.
Ela acrescenta: “É importante lembrar que advogados não podem ajudar na execução de um crime, ou seja, advogados que têm conhecimento da falsidade do casamento não podem representar essas pessoas. A vontade de ficar nos Estados Unidos sem sombra de dúvidas leva pessoas a decisões extremas, mas é importante ter conhecimento de todas as consequências legais antes de tomar uma decisão que pode não ter volta”.