Após sete meses lutando em território ucraniano, os planos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de tomar a capital ,Kiev, em uma “operação relâmpago”, falharam. Como última cartada para vencer a guerra, o mandatário voltou a fazer ameaças nucleares.
Em pronunciamento à nação feito pela TV estatal russa na manhã desta quarta (21), Putin também anunciou a convocação de 300 mil soldados da reserva para se juntarem às tropas na Ucrânia, além prorrogação do contrato daqueles que já estão em campo de batalha.
A declaração do líder russo repercutiu na 77ª Assembleia-Geral da ONU que acontece esta semana em New York. O anfitrião Joe Biden chamou o chefe do Kremlim de “irresponsável” : “Um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas tentou apagar um Estado soberano do mapa. A Rússia violou descaradamente os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas”, disse Biden, completando: “Uma guerra nuclear não pode ser vencida”.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky também reagiu. Em entrevista a um canal de televisão alemão, Zelensky disse que não acredita que a Rússia vá usar armas nucleares contra seu país. “Eu não acredito que o mundo vai permitir que ele use essas armas”, falou. Ele disse ainda que Putin “quer afogar a Ucrânia em sangue, incluindo o de seus próprios soldados”. “Ele precisa de um exército de milhões de pessoas contra nós, porque vê que grande parte dos que chegam fogem”, afirmou. O ucraniano alegou que seu oponente mobilizou “meninos que não sabem lutar” para irem à guerra contra seu país.
Na Rússia, o anúncio de que mais cidadãos seriam enviados ao território ucraniano causou pânico e moradores ameaçam se refugiarem em outras nações.