O clima de tensão entre Rússia, EUA e países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aumentou na noite de segunda-feira (21), após o presidente Vladimir Putin reconhecer oficialmente duas áreas separatistas da Ucrânia: Donetsk e Luhansk. Os territórios localizados à leste do país ucraniano são mantidos por rebeldes pró-Rússia. “Acho necessário tomar a decisão de admitir a independência e a soberania da República Popular de Donetsk (DPR) e da República Popular de Luhansk (LNR)”, disse Putin em um discurso televisionado. Na ocasião, Putin falou que iria enviar soldados para “garantir a paz”, nesses locais. Ele também acusou os EUA de “ usar a Ucrânia e a Geórgia [outra ex-república soviética] para implementar políticas anti-Rússia, e falou que o presidente Joe Biden e a OTAN transformaram a Ucrânia em um “teatro de guerra”.
A Casa Branca reagiu ao discurso afirmando que Berlim está apenas “buscando um pretexto para enviar tropas à Ucrânia”. Ao lado da União Europeia, os americanos prometeram sanções contra a Rússia e os envolvidos no que eles chamaram de “ato ilegal”. Ainda não foram divulgadas quais serão as sanções impostas. O primeiro-ministro do Japão – um importante aliado dos EUA – disse que seu país também está pronto para se juntar ao pacote de bloqueios à Rússia. “Nós iremos coordenar e trabalhar com o G7 e a comunidade internacional para responder, incluindo com sanções”, afirmou Fumio Kishida.