Suspeitos do crime são amigos da vítima e teriam queimado corpo para eliminar evidências. Polícia busca restos mortais
Um crime bárbaro por sua frieza e circunstâncias deixou os moradores da Flórida Central atônitos. Segundo a polícia de Marion County, o adolescente Seath Tyler Jackson teria sido morto a tiros por outros jovens do seu convívio, que ainda queimaram o corpo para esconder as evidências. Os restos mortais ainda não foram encontrados, mas um dos suspeitos confessou que o grupo planejou e executou o assassinato por vingança.
Os suspeitos têm idade entre 15 e 20 anos e estão detidos sob a acusação de assassinato em primeiro grau. Seath, um garoto ainda no ensino fundamental (Middle School), namorava uma das suspeitas do crime e, depois do conturbado fim do relacionamento, a adolescente passou a sair com um amigo comum. A situação gerou brigas e discussões via rede social, o que acirrou os ânimos. No domingo, os acusados atraíram o garoto para a casa de um deles e ele não foi mais visto.
O pivô da história é Michael Bargo, também adolescente, que teria tramado todo o crime e disparado os tiros. Dias antes, ele revelou a quem quisesse ouvir que detestava Seath e que, se tivesse chance, o mataria. A ex-namorada, Amber Wright, teria visto o assassinato, sem demonstrar qualquer reação. Diante da crueldade do suposto assassinato, o juiz que comandou a primeira audiência do caso, no condado de Marion, foi taxativo. Você certamente corre o risco de pena de morte, disse o magistrado Ritter Hoff-Williams a Bargo, ao ler todas as acusações.
Um sexto integrante do grupo, que sabia do plano e ajudou a esconder o corpo de Seath, foi liberado depois de pagar a fiança. Estou com medo. Não imaginei que eles realmente fossem levar adiante a ideia de matar o garoto, revelou James Young Havens, que é padastro de dois menores acusados do crime.
A polícia tem feito buscas em canais e pântanos da região para encontrar os restos mortais de Seath. Segundo os depoimentos desconexos dos acusados, o corpo foi queimado e jogado fora em baldes. Amigos e familiares estão em vigília desde o dia do crime. Ele não merecia isso. Era um garoto bom, educado e com boas notas na escola, disse a colega de vizinhança, Lacy Lyons.
As últimas semanas foram marcadas por crimes atípicos em nossa região. Em um deles, uma senhora de 88 anos, Pearl Patrinos, foi brutalmente agredida durante um assalto, em Pompano Beach, porque não tinha dinheiro na carteira para dar ao ladrão. Em Delray Beach, um homem foi morto durante uma discussão por causa de 40 dólares. Travis Bell perdeu a vida com dois tiros, disparados por um ‘amigo’, que cresceu com ele na mesma vizinhança. Também em abril, uma moradora de Oakland Park foi estuprada por um homem dentro de sua própria casa: ela foi ameaçada com uma faca.
Curiosamente, a criminalidade na Flórida está em queda, pelo menos nas estatísticas: o estado registrou no ano passado o menor índice de violência dos últimos 39 anos, com quase 7% menos crimes do que no ano anterior. Mas a sensação é outra: Sempre deixei a porta de casa destrancada e meus filhos vinham a pé sozinhos da escola. Agora tenho até alarme na porta e faço questão de buscá-los na saída da aula. Muita coisa mudou por aqui afirmou a dona-de-casa Kate Smith, que mora há 20 anos em Deerfield Beach e já foi assaltada duas vezes.
