Este tipo de crime moderno aumentou 900% no último ano e atinge milhões de pessoas
O maior caso de roubo de identidade na história dos Estados Unidos – o do pirata informático Albert González, de Miami, que admitiu ter acessado pelo menos 130 milhões de contas bancárias e senhas de cartões de crédito e pode passar os próximos 25 anos na cadeia – colocou as autoridades americanas novamente em estado de alerta com relação a esta modalidade de furto. Mas, ao que parece, os ‘hackers’ estão levando vantagem nesta batalha: somente um em 700 ladrões de identidade são presos pela polícia, o que faz da situação de Gonzáles uma exceção à regra.
O tamanho do problema pode ser medido pelos números astronômicos que envolvem o tema. Por exemplo, o número de equipamentos expostos a códigos que roubam a identidade dos utilizadores aumentou nos últimos 12 meses cerca de 900% e pesquisas indicam que pelo menos 4% dos usuários têm seus computadores infectados por softwares suspeitos. Ou seja, 10 milhões de internautas estão expostos a estes criminosos do terceiro milênio.
As fraudes em cartões de crédito ou de débito custam por ano mais de oito bilhões de dólares aos Estados Unidos. Uma pesquisa recente mostrou que as vítimas preferenciais são jovens entre 18 e 24 anos, mas qualquer pessoa está exposta ao problema – desde o imigrante indocumentado até o maior executivo do banco central americano. De fato, Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve, admitiu que foi vítima de um golpe de roubo de identidade.”Trata-se de um sério crime que afeta milhões de americanos todos os anos”, alertou o economista.
Ele e outros americanos costumam gastar em torno de 400 horas para restaurar o crédito depois de uma ocorrência como esta. “E, o que é pior, muitas vezes o cidadão demora mais de um ano para descobrir que está sendo roubado”, afirmou Wayne Ivey, agente especial da Flórida na fiscalização destes crimes, que segundo ele já são uma “epidemia”.
A boa notícia é que a população já começa a perceber a importância da segurança preventiva. Isso inclui não apenas a manutenção constante dos equipamentos próprios, mas também o cuidado excessivo no acesso à Internet em redes públicas, comuns em cafés e aeroportos. “Nestas conexões eu não acesso sequer o meu Facebook”, disse Sean Arries, um especialista em informática.
A seguir, algumas dicas para quem quer se proteger dos ladrões de identidade.