A moradora de West Kendall, Patricia Ripley, acusada de matar seu filho autista de nove anos afogando-o em um canal poderá enfrentar a pena de morte.
Um grande júri do condado de Miami-Dade – que se reuniu novamente nesta quinta-feira (29) após meses de interrupção devido à pandemia do coronavírus – indiciou Ripley por assassinato em primeiro grau. Durante audiência, os promotores anunciaram a execução da acusada como punição possível.
O caso aconteceu no último dia 21 de maio. De acordo com a polícia, Ripley ligou para o 911 para relatar que dois homens afroamericanos sequestraram seu filho, Alejandro Ripley, de 9 anos, que sofria de autismo grave.
As autoridades policiais imediatamente emitiram um alerta amber. Mas no dia seguinte, o corpo do menino foi encontrado em um canal próximo ao Miccosukee Golf & Country Club, entre a 138 Court e a SW 62nd st., a cerca de seis quilômetros de onde ela disse que teria ocorrido o suposto sequestro.
Os investigadores suspeitaram do que Ripley disse que havia acontecido. No dia seguinte, os detetives obtiveram imagens de uma câmera de segurança que capturou o momento que a mulher empurrava o menino para dentro do canal. A criança chegou a ser resgatada por uma pessoa. Mas cerca de uma hora depois, o menino teria sido novamente atirado na água pela mãe.
Confrontada pela polícia, Ripley admitiu que inventou a história do sequestro e assumiu ter levado o menino ao canal onde foi morto. Segundo o relato dos policiais, ela teria dito que “agora ele está em um lugar melhor”.
A decisão da pena capital como punição pelo crime ainda pode ser contestada pelos advogados da mulher.
Outra audiência foi marcada para a próxima semana.