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Professor expõe prateleiras de livros vazias em escola de Jacksonville e é demitido

Vídeo postado no Twitter em tom de crítica à lei estadual HB 1467 teria incomodado o governador Ron DeSantis, que pediu o desligamento do professor

Brian Covey, um professor substituto da Mandarin Middle School, em Jacksonville, na Flórida, foi demitido após postar um vídeo no Twitter mostrando estantes vazias na biblioteca da instituição de ensino, e culpando o governador Ron DeSantis por isso.  “Eles removeram todos os livros das salas de aula dos meus filhos”, disse Covey nas imagens. Os filhos dele frequentam a mesma escola. A gravação foi feita em 14 de fevereiro do ano passado, mas só agora o professor decidiu relatar à imprensa.

Após o vídeo viralizar na internet, o governador da Flórida foi questionado sobre a situação durante uma coletiva de imprensa e respondeu: “enganoso e politizados”. No dia seguinte, Covey foi afastados das salas de aula, segundo ele “sem uma clara justificativa”. “Eu não queria perder meu emprego por causa disso. Mas era mais importante para mim manter meus princípios e mostrar aos meus filhos que, quando você vê algo que não está certo, deve documentar e dizer alguma coisa”, disse ele ao Washington Post, afirmando estar certo que seu o desligamento “foi uma ordem de DeSantis”.

Dias após a demissão de Covey ser confirmada, a Mandarin Middle School fez um novo vídeo mostrando as prateleiras da biblioteca repletas de títulos; seis mil no total, segundo informado pela escola. Entretanto, Covey contou ao Post que os 6.000 livros até agora aprovados pelas leis atuais do estado para o estabelecimento educacional, representam apenas 0,375% dos 1,6 milhão que as escolas do condado de Duval disseram que precisam ser revisados.

A denúncia está relacionada à lei HB 1467 aprovada em julho do ano passado pelo governo estadual. A legislação determina que as escolas selecionem os livros considerados ‘apropriados’ para a faixa etária de cada grupo de estudantes. Mas, desde que foi implementada, a medida tem sido alvo de acusações feitas por trabalhadores do setor de educação que alegam “censura”, a milhares de publicações.

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