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Procurador-geral dos EUA anuncia novas medidas contra imigrantes ilegais

Em visita à fronteira do País com o México, Jeff Sessions avisou, por exemplo, que não haverá tolerância para quem já foi deportado e reentrar nos EUA ilegalmente

Jeff Sessions, procurador-geral dos EUA, cumprimenta agentes da fronteira dos EUA com o México nesta terça-feira (11) em visita em Nogales, Arizona FOTO AP
Jeff Sessions, procurador-geral dos EUA, cumprimenta agentes da fronteira dos EUA com o México nesta terça-feira (11) em visita em Nogales, Arizona FOTO AP

DA REDAÇÃO, COM AGÊNCIAS – O U.S. Attorney General (procurador-geral), Jeff Sessions, fez uma visita à fronteira dos EUA com o México na terça-feira (11) e reforçou que a imigração ilegal tem que ser combatida.

Sessions enviou um memorando a todos os juízes e advogados de imigração com as novas regras. Entre elas, está a criminalização de imigrantes que regressarem pela fronteira depois de terem sido deportados.

“Para aqueles que continuam tentando entrar de maneira ilegal neste país, estejam advertidos, esta é uma nova era, esta é a era Trump”, declarou Sessions durante uma entrevista coletiva na cidade fronteiriça de Nogales, no Arizona.

Os procuradores federais poderão ainda apresentar acusações contra os indocumentados pelo uso de documentos falsos ou o roubo de identidade agravado, o que poderia levar-lhes a uma sentença de um mínimo de dois anos de prisão.

Com o muro fronteiriço com o México como pano de fundo, o procurador-geral reiterou que o governo Trump manterá uma luta frontal contra a imigração sem documentos, bem como contra organizações criminosas, cartéis de droga e gangues.

“É aqui, ao longo da fronteira, que gangues trasnacionais como a MS-13 e os cartéis internacionais inundam nosso país de droga e deixam morte e violência. E é aqui onde os criminosos sem documentos, os coiotes e os falsificadores de documentos buscam derrotar nosso sistema legal de imigração”, completou.

Sessions disse ter escrito a todos os procuradores federais do país para avisar-lhes que o procedimento contra aqueles que violam as leis de imigração é uma prioridade.

Assim, os indocumentados que reingressarem ao país depois de terem sido deportados enfrentarão acusações criminais, se forem constatados certos agravantes, especialmente em casos de pessoas relacionadas com quadrilhas ou que, sob seu ponto de vista, representem um risco para a segurança pública.

Também serão duramente punidos aqueles que traficam pessoas sem documentos, especialmente os que ajudam criminosos e membros de gangues a cruzar a fronteira.

“Está ficando cada vez mais difícil para os imigrantes sem documentos, principalmente, para aqueles que têm ordem de deportação em aberto. Crimes que antes poderiam ser considerados menores, agora são considerados graves”, disse o advogado de imigração, Ludo Gardini.

Novos juízes

Sessions também antecipou que aumentará ainda mais o número de juízes atribuídos a cortes de imigração para reduzir os casos atrasados existentes, que o Transactional Records Access Clearinghouse (TRAC), da Universidade de Syracuse, estimava em 533.909 processos no início do ano.

“Não podemos continuar esperando 18 a 24 meses para ter estes novos juízes, motivo pelo qual hoje estamos anunciando um novo plano para acelerar sua contratação”, disse o procurador-geral dos EUA.

Além disso, Sessions destacou o “sucesso” das novas diretrizes migratórias estabelecidas por Trump e ressaltou a redução em 40% do cruzamento de indocumentados de janeiro a fevereiro deste ano, quando chegaram 18.754 imigrantes, enquanto em março a cifra foi de 12.193, a mais baixa nos últimos 17 anos.

“Isto não é um acidente, isto acontece quando temos um presidente que entende a ameaça e que não tem medo de identificá-la publicamente e enfrentá-la “, concluiu Sessions.

 

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