Problemas técnicos no Twitter prejudicam lançamento da campanha presidencial de Ron DeSantis

O aguardado anúncio da campanha presidencial do governador da Flórida, Ron DeSantis, marcado para acontecer ao vivo na noite de quarta-feira (24), foi ofuscado por problemas técnicos na plataforma escolhida pelo republicano, o Twitter. A transmissão, agendada para as 6pm ET, foi interrompida repentinamente, quando a rede social aparentemente não conseguiu lidar com o aumento do tráfego. “Os servidores estão sobrecarregados um pouco”, ouviu-se Elon Musk, CEO do Twitter, dizendo na transmissão de áudio ao vivo para mais de 700 mil usuários.

DeSantis finalmente conseguiu falar, cerca de 20 minutos após o início programado, depois que Musk encerrou o evento inicial do Twitter Spaces e iniciou outro no aplicativo. Esse espaço atraiu cerca de 161 mil usuários, de acordo com os dados públicos do Twitter, enquanto DeSantis lia um breve discurso sobre sua candidatura à Casa Branca.

O republicano, de 44 anos, já havia submetido sua candidatura no início do dia à Comissão Eleitoral Federal, colocando-o oficialmente na disputa pela indicação presidencial republicana. Na tarde de quarta-feira, ele lançou um vídeo no qual diz: “Estou concorrendo à presidência para liderar nosso grande retorno americano”. Ele tocou em questões como crime e ansiedade econômica e criticou o presidente Joe Biden por falta de “vigor”. “O declínio americano não é inevitável. É uma escolha”, disse. “E devemos escolher uma nova direção, um caminho que levará à revitalização americana.”

Mais do que as propostas e as críticas de DeSantis sobre o atual governo democrata, o que realmente repercutiu na internet foi o problema técnico que prejudicou o anúncio de sua candidatura. O presidente Joe Biden usou a mesma plataforma para zombar do lançamento instável da campanha: “Este link funciona”, postou o mandatário no Twitter com um link para o fundo de doações para sua campanha à reeleição.

DeSantis é considerado o rival republicano mais forte para Donald Trump, mesmo quando o governador enfrenta questões sobre suas políticas de extrema-direita, com propostas anti-imigração e conflitos com a comunidade LGBTQ. Ainda assim, ele gerou um interesse significativo entre os eleitores das primárias do Partido Republicano ao se apresentar como uma versão mais jovem e mais elegível do ex-presidente Trump, de 76 anos.

Com o anúncio, Ron DeSantis se junta a um campo que também inclui a ex-embaixadora da ONU Nikki Haley, o senador Tim Scott da Carolina do Sul, o ex-governador de Arkansas Asa Hutchinson e o empresário de biotecnologia Vivek Ramaswamy. O ex-vice-presidente Mike Pence também é considerado um provável candidato presidencial, mas ainda não anunciou uma candidatura.