A primeira rodada de voos organizada pelo governador Ron DeSantis, transportando americanos retidos em Israel, chegou à Flórida no domingo (15) à noite, destacando a resposta de seu estado à guerra no Oriente Médio. O voo que transportava 270 pessoas, incluindo 91 crianças, pousou em Tampa, onde DeSantis e a primeira-dama, Casey DeSantis, recepcionaram os passageiros. Outro voo transportando sete pessoas pousou em Orlando.
DeSantis, que está concorrendo à indicação presidencial republicana em 2024, disse que o presidente Joe Biden não fez o suficiente para ajudar os americanos em dificuldades. “Havia falta de liderança, então intensificamos e lideramos”, disse no domingo em um vídeo postado no X. O governador está oferecendo transporte aos moradores da Flórida que não conseguem voltar aos EUA devido a cancelamentos de voos após o ataque do Hamas a Israel. A Flórida fez parceria com a organização de resgate sem fins lucrativos Project DYNAMO, com sede em Tampa, para organizar os voos.
We are getting ready to welcome hundreds of people who were stuck in Israel back to the United States of America. pic.twitter.com/4gYyDI09DK
— Ron DeSantis (@GovRonDeSantis) October 16, 2023
A administração Biden anunciou que também iria enviar voos para Israel, embora o Departamento de Estado esteja transportando cidadãos americanos para países europeus – não para os EUA – e pedindo reembolso aos passageiros. A informação é do jornal Politico. O primeiro voo organizado pelo Departamento de Estado para retirar americanos de Israel pousou em Atenas na sexta-feira, segundo informações da imprensa.
Os esforços de evacuação da Flórida também deram a DeSantis uma oportunidade para se contrastar com o antigo presidente Donald Trump, que continua a ser o favorito nas primárias republicanas. O governador atacou Trump na semana passada depois de criticar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e chamar o Hezbollah de “muito inteligente”. DeSantis disse neste fim de semana que os EUA deveriam se recusar a receber refugiados de Gaza, alegando durante um evento de campanha em Iowa que “eles são todos anti-semitas” e que os palestinos deveriam ir para os “estados árabes”.
DeSantis apelou na semana passada ao Legislativo para proibir os governos locais de contratar empresas iranianas e emitiu um memorando lembrando aos policiais sobre as leis da Flórida que punem o anti-semitismo.
Isso ocorre no momento em que o Departamento de Estado dos EUA aumentou no domingo (15) o número de americanos mortos para 30 no ataque do Hamas a Israel.