Em pronunciamento em rede nacional na tarde desta sexta-feira (13), o presidente Donald Trump declarou emergência nacional devido ao surto de coronavírus no País. Trump anunciou a liberação de $50 bilhões para combate à doença. Os casos nos EUA superaram os 1.800 e o número de mortos subiu para 41.
Trump prometeu disponibilizar por meio de um parceria com o sistema privado 1,4 milhões de exames até a semana que vem e até cinco milhões até o fim do mês. Representantes de laboratórios e das redes de farmácias CVS, Walgreens e do varejista Walmart estiveram presentes e anunciaram parceria para agilizar a realização de testes.
“Nós não queremos todos fazendo o teste, isso é totalmente desnecessário. Faça o teste somente se você tiver algum sintoma. Vamos mudar muitas das antigas regras, especificações e regulações”, disse o presidente.
Trump disse que estava declarando emergência nacional para “liberar todo o poder do governo federal”. Ele fez um apelo para que todos estados criem centros de emergência para ajudar a combater o vírus.
Trump invocou a Lei Stafford, que capacita a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema, na sigla em inglês) a coordenar a resposta a desastres e ajudar os governos estaduais e locais.
O presidente pediu que as pessoas evitem grandes aglomerações e tomem os cuidados que vêm sido recomendados pelas autoridades médicas.
Questionado por repórteres sobre o fato de estar próximo do Secretário de Comunicação do presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, que testou positivo para o coronavírus e esteve próximo a Trump no último sábado, o presidente americano disse não estar preocupado. “Não tenho sintomas e o presidente Bolsonaro, que está fazendo um trabalho extraordinário no Brasil, teve o teste negativo para a doença. Portanto, não estou preocupado”.
Suspensão de voos da Europa
Trump anunciou esta semana a suspensão de todas as viagens da Europa para os Estados Unidos durante 30 dias como forma de “proteger os americanos” do coronavírus.
A suspensão passará a valer a partir desta noite, mas não terá validade para o Reino Unido, que continuará tendo voos para os Estados Unidos. As restrições também não têm validade para quem tem residência permanente em território americano (green card) e para parentes imediatos de cidadãos americanos.