O presidente do Peru, Pedro Castillo, sofreu um impeachment e acabou detido pela Polícia Nacional nesta quarta-feira (07), após uma tentativa frustrada de golpe de estado. Ele havia anunciado o fechamento temporário do Congresso e decretado estado de exceção no país.
Horas antes de uma moção de vacância, o equivalente a um processo de impeachment, ser votado contra ele, Castillo anunciou toque de recolher. “Anuncio para todo o país que foram tomadas as seguintes medidas: dissolver temporariamente o Congresso da República e estabelecer um governo excepcional de emergência”, declarou. “Convocamos todas as instituições da sociedade civil, associações, camponeses, frentes e todos os setores sociais a respaldar esta decisão. Estamos comunicando a OEA da decisão tomada”, acrescentou.
O Congresso peruano, porém, continuou trabalhando e votou pelo impeachment do presidente. Castillo é acusado de não ter “capacidade moral” para governar o país por estar envolvido em esquemas de corrupção.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse que a situação é preocupante:
“O Governo brasileiro acompanha, com preocupação, a situação política interna no Peru que levou à destituição constitucional do Presidente Pedro Castillo pelo Congresso e à sua sucessão pela vice-Presidente Dina Boluarte.
As medidas adotadas no dia de hoje, 7 de dezembro, pelo Presidente Pedro Castillo, incompatíveis com o arcabouço normativo constitucional daquele país, representavam violação à vigência da democracia e do Estado de Direito. Espera-se que a decisão constitucional do Congresso peruano represente a garantia do pleno funcionamento do Estado democrático no Peru.
O Governo brasileiro manifesta sua disposição de seguir mantendo as sólidas relações de amizade e cooperação que unem os dois países e deseja êxito à Presidente Dina Boluarte em sua missão como Chefe do Estado peruano.“