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Presidente do México diz que tarifas de Trump vão piorar inflação e gerar perda de empregos

Claudia Sheinbaum defendeu o Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá assinaram em 2020, quando Trump era presidente

A líder mexicana advertiu que para cada tarifa haverá outra como resposta, e que isso resultaria em risco para os negócios em comum, perda de empregos e inflação para os dois países (Foto: Governo do México)
A líder mexicana advertiu que para cada tarifa haverá outra como resposta, e que isso resultaria em risco para os negócios em comum, perda de empregos e inflação para os dois países (Foto: Governo do México)

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, respondeu nesta terça, 26, às declarações de Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 25% sobre todos os produtos mexicanos como retaliação ao que afirmou ser uma “invasão” de migrantes ilegais e drogas. Ela disse que enviaria ainda na terça uma carta ao presidente eleito pedindo diálogo e cooperação, bem como uma reunião com sua equipe para explicar a importância do México para a economia americana e reforçar a comercial entre os dois países. Mais de 80% das exportações mexicanas são para os Estados Unidos.

Sheinbaum destacou ainda que dentre os principais exportadores para os Estados Unidos estão as montadoras General Motors, Stellantis e Ford Motors, que chegaram ao país há 80 anos. A líder mexicana ainda advertiu que cada tarifa terá outra como resposta e que isso resultaria em risco para os negócios em comum, e causaria perda de empregos e inflação para os dois países.

Sobre a acusação de Trump de que o México não tem se esforçado para impedir a saída de drogas ilícitas e imigrantes ilegais pela fronteira, a governante  disse que seu governo sempre se dispôs a ajudar a combater a epidemia de fentanil nos Estados Unidos e que as apreensões de imigrantes na fronteira estão diminuindo. Ela reforçou que desde dezembro do ano passado houve uma redução de 75% nas entrevistas diárias de migrantes na fronteira dos Estados Unidos, de acordo com dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP).

A presidente também declarou que grupos criminosos no México ainda estão recebendo armas dos Estados Unidos e que os desafios compartilhados da região exigem cooperação, diálogo e compreensão recíproca. A governante afirmou que neste ano as autoridades do país confiscaram toneladas de diferentes drogas e mais de 10 mil  armas, além de prender 15.640 pessoas por crimes relacionados a drogas.

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