O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi baleado e morto durante uma invasão a sua residência na capital Porto Príncipe na madrugada desta quarta-feira (7). A primeira-dama, Martine Moïse, ficou ferida e está recebendo cuidados médicos.
O primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, disse em comunicado que a ação aconteceu por volta de uma hora da madrugada em um ato que ele classificou de “hediondo, desumano e bárbaro”.
Segundo Joseph, indivíduos encapuzados invadiram a residência privada do presidente e abriram fogo. Tiros foram ouvidos em toda a capital logo após o ataque, de acordo com o primeiro-ministro.
Especula-se que o atentado resultou da onda crescente de divisão política e crise humanitária ligada ao desemprego e à escassez de alimentos no país caribenho.
Joseph declarou que a a polícia e a guarda nacional tomaram o controle da situação mas “há temores de uma desordem generalizada”.
A Embaixada dos EUA em Porto Príncipe informou que ficará fechada durante toda esta quarta-feira devido à “situação em curso”.
No último dia 30 de junho, os EUA emitiram um comunicado condenando o que descreveram como uma violação sistemática aos direitos humanos, liberdades fundamentais e ataques à imprensa no Haiti, instando o governo a conter a proliferação de gangues e da violência.
Moïse tinha 53 anos e era um ex-exportador de banana. Desde que assumiu o comando do Haiti, em 2017, ele vinha enfrentando acusações da oposição de assumir atitudes autoritárias e de fazer manobras políticas para prolongar o seu mandato.
A agência de notícias Reuters noticiou que presidentes de países que fazem fronteira com o Haiti convocaram uma reunião de emergência para esta quarta-feira para tratar da situação do país vizinho.