O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou que a empresa estatal de petróleo Ecopetrol cancelasse uma joint venture com uma empresa norte-americana, alegando preocupações ambientais.
Esperava-se que a parceria produzisse cerca de 90,000 barris de petróleo por dia.
Em um discurso televisionado em rede nacional, Petro disse que se opunha à recente extensão de um acordo entre a Ecopetrol e a Occidental Petroleum, ou Oxy, porque envolvia a extração de petróleo por meio de fracking, uma técnica controversa usada para extrair petróleo e gás de rochas de xisto que tem sido criticada por grupos ambientalistas.
“Quero que essa operação seja interrompida e que o dinheiro seja investido em energias limpas”, disse Petro em uma reunião com seu gabinete que foi transmitida ao vivo pela mídia social.
“Somos contra o fracking porque o fracking é a morte da natureza e a morte da humanidade.”
A Ecopetrol anunciou na segunda-feira (3) que renovaria suas operações com a Oxy na bacia do Permiano, uma região produtora de petróleo que abrange o Texas e o Novo México, para desenvolver 91 poços de petróleo, investindo mais de $880 milhões.
A Ecopetrol informou que seus projetos na bacia do Permiano produziram uma média de 95,200 barris de petróleo por dia nos primeiros nove meses do ano passado.
As operações na bacia do Permiano representaram cerca de 12% da produção total da Ecopetol no ano passado.
A Ecopetrol, controlada pelo governo colombiano, mas também listada na Bolsa de Valores de New York, viu suas ações subirem 2% na terça-feira (4), após o anúncio de seu acordo com a Occidental.
Entretanto, elas caíram ligeiramente depois que a Petro pediu o cancelamento do acordo.
A Colômbia tem se recusado a aprovar projetos de fracking em seu território, embora não tenha impedido anteriormente a Ecopetrol de participar de empreendimentos de fracking no exterior. Os ambientalistas argumentam que o fracking pode poluir as fontes de água e causar tremores.