Uma inusitada versão do nascimento de Jesus Cristo está dando o que falar na pacata cidade de Claremont, na Califórnia. No presépio da Igreja Metodista local, Jesus, Maria e José aparecem separados por grades com arame farpado, como já ocorreu com imigrantes na fronteira com o México.
A pastora Karen Clark Ristine postou a foto da nova interpretação da cena no Facebook, que viralizou. “E se essa família buscasse refúgio em nosso país hoje?”, perguntou ela na postagem. Os comentários dos internautas sobre a ideia se dividem entre elogios e críticas.
Os que gostaram agradecem a igreja pela coragem e lembram a importância do amor ao próximo. “Obrigado por amar todas as crianças de Deus como Deus faz. Eu apoio você e a corajosa postura da sua igreja”, diz Gail Nankervis, em um comentário na rede social.
Já os que desaprovam dizem que não se deve usar uma passagem bíblica para se posicionar politicamente e perguntam se Maria e José quebraram alguma lei ao entrar no Egito. “Tudo certo, exceto que o Egito era parte do Império Romano quando eles foram até lá, então eles não eram ilegais”, escreve Wayne Buchanan.
Na bíblia, a passagem contada pelo livro de Mateus fala que Maria e José tiveram de fugir de Nazaré para o Egito, após o nascimento de Jesus, para escapar do rei Herodes. Ao saber que teria nascido o futuro rei dos judeus, Herodes mandou matar todas as crianças de até dois anos na região.
De acordo com a pastora, o presépio da Igreja Metodista de Claremont traz uma placa com a seguinte declaração: “Em tempos no nosso país em que famílias de refugiados buscam asilo em nossa fronteira e são separados um do outro contra sua vontade, devemos levar em consideração a mais conhecida família de refugiados no mundo.”