O prefeito de Orlando, Buddy Dyer, decidiu recuar e se comprometer a seguir as leis de imigração da Flórida e dos EUA após o procurador-geral do estado, James Uthmeier, ameaçar destituí-lo do cargo. A polêmica surgiu devido a uma política adotada na cidade que impede funcionários públicos de perguntarem qual o status migratório de moradores. Uthmeier alegou que isso viola uma lei de 2019 assinada por Ron DeSantis, que proíbe as chamadas “cidades santuário”.
Na terça-feira (15), Dyer enviou uma carta a Uthmeier garantindo que nem ele nem o Departamento de Polícia de Orlando pretendem infringir qualquer lei estadual ou federal. Ele também afirmou que os policiais da cidade já estão passando por treinamento com agentes do ICE para colaborar na aplicação da lei. O recuo veio logo depois de Uthmeier tornar pública a ameaça de afastamento, caso a cidade não mudasse sua postura.
A tensão aumentou após uma reunião do conselho municipal, quando Dyer declarou que a polícia de Orlando não atuaria de forma proativa em ações de imigração, seguindo a chamada Trust Act Policy. Uthmeier rebateu, dizendo que essa política é ilegal desde 2019 e que limita a cooperação com autoridades federais, o que contraria diretamente a legislação estadual.
Dyer, por fim, deixou claro que está disposto a colaborar, e Uthmeier, por sua vez, comemorou a mudança de postura nas redes sociais.