O condado de Miami-Dade registrou 727 novos casos de coronavírus e nove mortes relacionadas à doença nesta terça-feira (27). O condado agora totaliza 183.250 casos confirmados e 3.624 óbitos.
Após mais de um mês de queda no número de novos infectados e da gradual reabertura da economia, Miami-Dade vê a taxa de positividade diária voltar a subir.
De acordo com o painel New Normal desenvolvido pela própria administração municipal, a média diária de novos contaminados que se manteve na faixa dos 3% nos últimos 14 dias, passou para 5,83% nos últimos dois dias.
Os números preocuparam o prefeito Carlos Gimenez que chegou a falar em uma “segunda onda” da pandemia. Ele alertou que “uma leitura mais precisa dos números da covid-19 não somente em Miami-Dade, mas em todo o país, apontam para o inevitável”.
“Uma segunda onda é inevitável, espero que não tenhamos que tomar medidas adicionais”, disse o prefeito durante uma reunião virtual com outros líderes locais para tratar da pandemia.
Lilian Abbo, uma infectologista do hospital Jackson Memorial, em Miami, estava presente na reunião e disse que o aumento da curva de contágio em Miami-Dade pode ser observado após eventos como o período de graduações no mês de junho e o feriado da independência em quatro de julho.
“O impacto após esses eventos que pressupõem a reunião de grandes grupos de pessoas foi siginificante para esse aumento que estamos presenciando hoje”, disse Lilian.
Para tentar conter o avanço da doença durante as comemorações de Halloween previstas para este fim de semana e nos outros feriados que estão por vir, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) emitiu uma série de recomendações.
Entre elas está evitar a aglomeração de crianças durante as tradicionais brincadeiras de trick or treat de Halloween, e a sanitização de bandejas de doces e brinquedos que possam ser ofertados aos menores.
“Para a maioria das pessoas, o novo coronavírus causa sintomas leves ou moderados. Mas para outros, especialmente adultos mais velhos e pessoas com problemas de saúde preexistentes, pode causar doenças mais graves, incluindo pneumonia e morte” destacou o CDC.