A falta de uma reforma imigratória tem criado problemas nos pontos turísticos dos Estados Unidos, que sempre contrataram os serviços temporários de estrangeiros. As estações de esqui são o exemplo mais nítido desta falta de mão-de-obra e muitas delas tiveram que limitar algumas atividades neste inverno.
Em Vermont, por exemplo, a estação Stowe Mountain depende habitualmente de duas dezenas de imigrantes para completar o staff de empregados, especialmente que falem mais de um idioma. “Precisamos de instrutores de esqui, mas estamos com dificuldade de encontrar gente”, lamentou a diretora de recursos humanos do centro, Julie Frailey. Em algumas estações, como em Vail, no Colorado, as aulas para iniciantes no esporte tiveram que ser suspensas, por falta de pessoal.
Outros pontos turísticos também sentiram na pele os efeitos da lei federal que limitou o número de vistos de trabalho temporário para estrangeiros. Hotéis, restaurantes e até parques temáticos, inclusive na Flórida, funcionaram com equipes reduzidas nesta temporada. A preocupação agora é com o verão que se aproxima.
“Estamos assustados”, admitiu Wendy Northcross, da Câmara de Comércio de Cape Cod, em Massachusetts. Naquela localidade, cerca de seis mil trabalhadores temporários chegam todos os anos em junho, muitos deles com vistos H1B e H2B, apenas para aproveitar a temporada. Só que os empresários da região sabem que as chances de mudanças na legislação em um ano de eleições nos EUA são praticamente nulas.