DA REDAÇÃO – A menos de um mês da audiência na Suprema Corte dos Estados Unidos, que vai decidir o destino do programa “Deferred Action for Childhood Arrivals” (DACA), mais de 150 mil jovens vivem a expectativa da iminente deportação. A Casa Branca quer cancelar a proteção aos imigrantes que foram trazidos para a América ainda na infância e muitos deste grupo não conseguiram renovar suas permissões de trabalho.
Na audiência marcada para o dia 12 de novembro, os ministros da Suprema Corte ouvirão os argumentos de advogados de ambos os lados: os do governo, que exigem o fim do programa, e os de entidades que pedem a manutenção dos direitos, entre eles a autorização de emprego que é renovada a cada dois anos.
O DACA foi instituído em agosto de 2012 pelo então presidente Barack Obama e protege temporariamente as deportações de cerca de 700.000 jovens que entraram nos Estados Unidos quando crianças e são conhecidos como “dreamers” (ou sonhadores). Já na gestão de Donald Trump, o programa foi cancelado em 2017, mas pelo menos quatro tribunais federais julgaram a medida inconstitucional. Agora, a decisão vai para a mais alta Corte do país, atualmente formada por ministros de tendências conservadoras.