Os EUA vetaram a presença de funcionários do governo americano nas Olimpíadas de Inverno em Pequim, na China, em fevereiro de 2022. A medida é uma retaliação às supostas violações aos direitos humanos cometidas pelo país chinês contra membros da etnia uigur, em Xinjiang. Há acusações de tortura, trabalho forçado e abusos sexuais.
“Washington deve agir para garantir avanços nos direitos humanos da China”, disse Jen Psaki, secretária de imprensa da administração Biden em uma coletiva na Casa Branca nesta segunda-feira (6).
Conforme explicou Psaki, o boicote diplomático não impede os atletas americanos de competir nos jogos.
Zhao Lijian, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, classificou como “ arrogância” a decisão dos EUA, e disse tratar-se de uma “provocação política que será respondida”. Ele nega as alegações de abusos e diz se tratar de “ reeducação” para combater o terrorismo
Mês passado, o presidente Joe Biden e o líder chinês Xi Jinping tiveram um encontro para discutir diversos assuntos como mudanças climáticas, energia e desenvolvimento econômico.
Biden manifestou preocupações sobre direitos humanos e também em relação a Taiwan. A China considera a ilha como parte de seu território. Já os EUA defendem que o governo regional é autônomo.