Fellipe Bastos, autor do gol do empate em Campinas, lamentou a perda do título
Cada partida disputada na Copa Sul-Americana entrava para a história da Ponte Preta. O primeiro jogo em competições internacionais, a primeira vitória, as primeiras oitavas de final, as primeiras semis, até que veio a inesperada chance de quebrar um grande tabu, de 113 anos: conquistar o primeiro título de elite. Mas o objetivo não foi atingido, o que comoveu os jogadores ponte-pretanos.
“Não sei o que falar. É um momento de tristeza. Foi legal o que a gente fez, mas o sonho que a gente tinha traçado desde o começo escapou. Fico triste ainda mais por nossa torcida que apoiou o tempo todo”, lamentou Diego Sacoman.
Ferrugem, eleito o melhor jogador da Ponte Preta pela organização, salientou a luta do time em todo o tempo, mas acabou repetindo o discurso de seu companheiro, pedindo desculpas.
“Fico triste por não ter conquistado o título, por não poder dar essa alegria para torcida. O clube tem 113 anos sem um título de expressão. Era nosso foco, mas infelizmente não conseguimos. Nossas desculpas, não deixamos de lutar, foi a todo momento, mas infelizmente não conseguimos”, arrematou.
Fellipe Bastos, autor do gol do empate no jogo de ida, no Pacaembu, e um dos destaques do time durante toda a competição, admitiu a superioridade dos argentinos no jogo desta noite.
“A equipe do Lanús foi melhor no primeiro tempo, fez dois gols. Principalmente o gol no finalzinho atrapalhou muito a gente pra voltar do intervalo. Não tem desculpa, eles foram melhores e mereceram”, declarou o meio-campista.
O técnico Jorginho, já na entrevista coletiva, fez coro ao seu jogador e ressaltou o bom posicionamento da equipe do Lanús e o mérito em ter superado adversários tradicionais, como River Plate e Libertad.
“É uma grande equipe. Mereceu o título, pois passou por grandes times argentinos e do Paraguai. Acho que o Vélez é até mais forte, mas o Lanús foi mais organizado. Parabéns aos irmãos Schelotto (Guillermo e Gustavo). Fizeram um grande trabalho”, completou.
Agora que o sonho acabou a Ponte Preta volta à dura realidade. Rebaixada para a Série B, a diretoria do clube campineiro elabora uma lista de dispensas com o objetivo de enxugar a folha de pagamento.
O técnico Jorginho, apesar do bom trabalho à frente da Ponte Preta, não sabe ainda se vai continuar em Campinas. Ele aguarda proposta de renovação e até mesmo propostas de outros clubes interessados.