A polícia de New York identificou o homem acusado de estuprar e matar a jovem Karina Vetrano, de 30 anos, em agosto de 2016. Chanel Lewis, de 20 anos, foi preso no sábado (4) à noite logo após a polícia chegar à conclusão de que era de Chanel o DNA encontrado no corpo da vítima e na cena do crime. “Ele também confessou o crime em detalhes”, disse o chefe da NYPD, Robert Boyce.
Os pais de Karina comemoraram e comentaram a decisão a repórteres no domingo (5). A mãe da vítima, Cathy, estava muito emocionada e o pai, Phil Vetrano falou sobre daqui para frente. “Eu não vou dizer que hoje é um dia bom, mas podemos seguir adiante já que agora sabemos quem fez isso à nossa filha”, disse Phil.
O corpo de Karina foi encontrado no Howard Beach Park na manhã do dia 2 de agosto. Como fazia todos os dias, a jovem tinha saído para dar uma corrida matinal. O corpo tinha sinais de luta com o agressor, ela perdeu um dente e foi estuprada.
Foram seis meses de investigações e as câmeras de segurança do local ajudaram a polícia a encontrar o suspeito.
De acordo com investigadores, o suspeito não ofereceu nenhuma resistência e deu amostras de saliva para que seu DNA fosse examinado. Eles encontraram amostras do DNA do suspeito no celular, pescoço e unha da vítima. “Nós não acreditamos que ele a conhecia”, disse.
Brasileira que perdeu filha de forma semelhante pede justiça
A prisão do suspeito de matar Karina Vetrano trouxe à tona outro caso semelhante ocorrido em 1995 em New York. A filha da brasileira Lídia Pinto Machado, de 86 anos, perdeu a filha de forma trágica e cruel e o caso permanece sem solução. Maria Isabel Monteiro Alves saiu para correr no Central Park e foi estuprada e morta há 22 anos.
“Eu me lembro bem deste caso. Quando cheguei à cena do crime, o corpo estava num pequeno córrego. Ela foi brutalmente assassinada, espancada com uma pedra”, disse a ex-promotora de Justiça, Linda Fairstein. “Fizemos buscas no local por semanas, mas a água acabou por levar os indícios de DNA do local”.
“Você não pode imaginar o quanto eu já sofri por isso. Eu penso nisso todos os dias. A polícia disse que trabalharia duro para capturar o assassino da minha filha, mas isso nunca aconteceu”, afirmou, por telefone do Rio de Janeiro, a mãe de Isabel. “Minha filha não era importante o suficiente para eles. Não acho que eles vão encontrar o autor do crime”, completou. Ela disse que quando viu no noticiário sobre a morte de Karina, ela chorou. “Eu pensei: mais uma vítima”.